António Guterres exige zona de segurança em Zaporíjia

Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência para discutir a situação da central nuclear
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Secretário-geral da ONU exige que militares russos e ucranianos retirem da central nuclear de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia

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António Guterres exigiu a criação de uma “zona de segurança” em torno da central nuclear de Zaporíjia, controlada pelos russos, no sudeste da Ucrânia.

A exigência do secretário-geral das Nações Unidas surgiu na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada pela Rússia, para discutir o relatório da Agência Internacional de Energia Atómica, divulgado na terça-feira.

Guterres afirmou que "as forças russas e ucranianas devem comprometer-se a não se envolverem em qualquer atividade militar em direção ao local da central ou a partir do local da central. As instalações de Zaporíjia, e seus arredores não devem ser um alvo ou uma plataforma para operações militares. Como segundo passo, deve ser assegurado um acordo sobre um perímetro desmilitarizado".

Os combates na zona não cessam. Rússia e Ucrânia continuam a trocar acusações.

"Lamentamos que no vosso relatório sobre a implementação das salvaguardas na Ucrânia, desde abril a setembro deste ano, que apareceu literalmente há um par de horas, a fonte do bombardeamento não seja diretamente mencionada", refere o embaixador russo junto à ONU Vasily Nebenzya.

Por seu lado, o embaixador ucraniano, Sergiy Kyslytsya, refere que "Enquanto controlámos a estação, não havia ameaça de desastre por radiação. Assim que a Rússia chegou, o pior cenário tornou-se imediatamente possível".

No relatório de 52 páginas, a Agência Internacional de Energia Atómica afirma que "a situação atual em Zaporíjia "é insustentável" e que "é urgente tomar medidas" de modo a evitar um acidente grave nesta que é a maior central nuclear da Europa.

Apesar dos avisos, os bombardeamentos continuam em Enerhodar, onde fica o complexo. Na terça-feira à tarde tanto as autoridades locais ucranianas como as autoridades nomeadas por Moscovo para a região mencionaram fortes explosões.

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