Ucrânia acusa Rússia de "genocídio cultural"

Centro cultural destruído por bombardeamento nas imediações de Kharkiv
Centro cultural destruído por bombardeamento nas imediações de Kharkiv Direitos de autor DIMITAR DILKOFF/AFP or licensors
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Ministro da Cultura diz que Moscovo visa deliberadamente património cultural ucraniano

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O ministro da Cultura da Ucrânia acusa a Rússia de perpetrar um "genocídio cultural" no seu país. 

Em entrevista à Euronews, Oleksandr Tkachenko, afirmou que, desde que começou a invasão russa em fevereiro, mais de 500 locais que fazem parte do património cultural ucraniano foram danificados ou destruídos. E pelo menos 160 igrejas e dois museus foram deliberadamente visados, simplesmente por representarem a identidade cultural da Ucrânia.

Oleksandr Tkachenko, ministro da Cultura da Ucrânia:"Para mim, é claramente um genocídio. Não se trata apenas de pessoas, humanos e território, mas também da nossa identidade, que é representada pelo nosso património cultural, a nossa língua e história. Assim como Putin e o seu regime negam a identidade ucraniana, estão a tentar destruir tudo o que está ligado à herança cultural."

Por todo o país, voluntários têm contribuido para remover objetos de valor de locais que podem constituir alvos de ataques.

Para tentar acelerar a missão de resgate, o ministério da Cultura concluiu uma parceria com a Uber. 

A multinacional norte-americana, especializada no transporte privado, desenvolveu uma versão específica da sua aplicação para "smartphones" para ajudar a transportar os conservacionistas onde for necessário. Um transporte que a empresa está a oferecer de forma gratuita.

Dara Khosrowshahi, presidente-executivo da Uber:"É uma questão de orgulho nacional, de identidade e de história. A cultura ucraniana merece ser protegida. É claro que o foco esteve inicialmente, tal como devia ser, nas vidas e nos alimentos. Mas a história ucraniana é algo que todos se devem unir para proteger o melhor possível, neste guerra trágica."

As autoridades ucranianas dizem que, em partes ocupadas do país, Moscovo está a tentar impôr a língua e cultura russa às populações. 

Para os ucranianos, a guerra não é apenas uma questão de vidas e território, mas também uma batalha pela sobrevivência cultural.

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