Angola prepara tomada de posse

Urna de voto, eleições gerais Angola 2022
Urna de voto, eleições gerais Angola 2022 Direitos de autor AMPE ROGERIO/EPA
De  João Peseiro MonteiroJosé Kundy
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Presidente de Angola e deputados da Assembleia Nacional tomam posse esta semana. Enquanto os governos estrangeiros são unânimes e felicitam João Lourenço pela reeleição e pelo processo eleitoral, a nível interno as opiniões continuam divididas.

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A comunidade internacional felicitou Angola pelas eleições gerais e o presidente João Lourenço pela reeleição, depois do tribunal constitucional validar o sufrágio do dia 24 de agosto.

Para Alexandre Costa, o facto de países como Espanha e EUA reconhecerem as eleições em Angola aumenta a credibilidade do processo eleitoral:

"O reconhecimento da comunidade internacional veio somente para dar o "agrément" dos seus representantes que estiveram cá em Angola e que assistiram de viva voz, e de olho para olho, aquilo que aconteceu nas assembleias de voto nas mesas de voto."

Diferente entendimento tem o professor e politólogo angolano Olívio Nkilumbo:

"Vimos um processo eleitoral que teve um impasse, que teve um contencioso, e agora está numa crise pós-eleitoral, porque não há legitimidade, porque há quem não aceite os resultados, e com justa razão do ponto de vista da observação dos factos apresentados, e portanto por mais reconhecimento externo que exista não demanda legitimidade."

O país deve avançar e o presidente João Lourenço precisa governar de forma a diminuir o índice de desemprego, aconselha o analista político Albino Paquissi:

"Nós devemos avançar, o país enquanto tal. No dia 15, conforma a nossa legislação os deputados têm de tomar posse na assembleia nacional, nós aconselhamos os partidos da oposição que tomem de facto posse para poderem continuar essa luta na assembleia nacional."

A semana começou de forma normal em Luanda. A única dúvida em relação às eleições é se a oposição vai aceitar tomar posse no parlamento.

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