Bilhetes de avião para sair da Rússia esgotam em minutos

ARQUIVO - Após o embargo internacional, a Aeroflot deixou de poder voar para os países da União Europeia
ARQUIVO - Após o embargo internacional, a Aeroflot deixou de poder voar para os países da União Europeia Direitos de autor Sergei Grits/AP
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Assim que o presidente russo anunciou a mobilização de reservistas para a guerra na Ucrânia, começou a corrida aos bilhetes de avião

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O presidente russo Vladimir Putin anunciou esta quarta-feira a mobilização de reservistas, num gesto inédito desde a Segunda Guerra Mundial. A notícia desencadeou uma corrida aos bilhetes de avião para sair do país. Em poucos minutos, as viagens para destinos que não necessitam de visto como Istambul, Erevan ou Baku ficaram esgotadas, de acordo com meios de comunicação social como a RBC e o The Moscow Times.

Os motores de busca de companhias aéreas da Turkish Airlines, Azerbaijan Airlines e Armenia Aircompany, não apresentam lugares vagos nos aviões que partem nos próximas dias. Ao meio-dia, os voos diretos para o Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão também tinham desaparecido dos sites de venda e comparadores de viagens aéreas online.

Para já, e de acordo com a chefe da Agência Federal de Turismo, não existem restrições à saída dos russos do país devido à mobilização parcial: "Recebo muitas perguntas sobre ir para o estrangeiro sob mobilização parcial. De acordo com as nossas informações, de momento não existem restrições às viagens ao estrangeiro", escreveu Zarina Dogúzova no Telegram.

A responsável diz no entanto que já solicitou uma clarificação do processo e aguarda "esclarecimentos oficiais". 

Resposta mista da população

Em Moscovo, a decisão de fazer apelo a esta reserva, correspondente a 300 mil pessoas, está a ser acolhida de maneiras diferentes pela população. Alguns apoiam a decisão, outros mostram-se mais céticos, sem demonstrar uma oposição frontal - até porque a repressão tem aumentado em relação a todos aqueles que demonstram opiniões contrárias às do regime.

"Ainda sou jovem. Com certeza, o orgulho diz-me para ir para a guerra. Mas o bom-senso diz-me que posso morrer lá. Tenho família, tenho amigos... Não posso dizer com certeza", diz um jovem inquirido.

Um homem de meia-idade mostra-se mais cético, mas receoso de revelar as opiniões: "O presidente toma esta decisão porque acredita que é necessária, tendo em conta a situação. Estamos numa situação em que não podemos comentar o que ele disse. Disse, está dito".

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