Repressão não trava protestos no Irão

Manifestantes enfrentam autoridades iranianas nas ruas de Teerão
Manifestantes enfrentam autoridades iranianas nas ruas de Teerão Direitos de autor AP
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De  Teresa Bizarro
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Nove pessoas terão morrido durante as manifestações que se alastram por todo o país desde sábado, depois da morte de Mahsa Amini, detida pela polícia por violar as rgras de vestu´´ario islâmico

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A vaga de protestos no Irão entra no sexto dia com um balanço negro: nove pessoas terão sido mortas durante as manifestações - uma informação avançada pela BBC.As redes sociais e a internet estão bloqueadas pelo governo de Teerão, mas mesmo assim os manifestantes encontram forma de fazer chegar ao exterior imagens das manifestações em várias cidades iranianas. 

A morte de Mahsa Amini, sob custódia policial, depois de ter sido detida por uso incorrecto do véu islâmico contaminou os discursos na Assembleia geral da ONU. O presidente iraniano contestou a duplicidade de critérios do ocidente face aos direitos humanos. Analistas acreditam que o regime pode estar à bera de uma viragem.

O director do grupo para os Direitos humanos no Irão acredita que "o assassinato de Mahsa foi provavelmente a gota que fez transbordar o copo" e admite que "pode ser o início de uma grande mudança". Mahmoud Amiry-Moghaddam manifesta algum receio sobre o futuro. "O que nos preocupa é o que as autoridades vão fazer agora. Vimos como ajudaram Bashar Assad na Síria. Sabe-se que o Irão esteve envolvido no assassinato de milhares de pessoas," diz.

O Presidente dos Estados Unidos apoiou publicamente os manifestantes no Irão. Nas Nações Unidas, Joe Biden disse estar com "os cidadãos corajosos e as mulheres corajosas do Irão" que lutam "para garantir os direitos básicos".

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