A Junta Militar responsável pelo golpe de estado no Burkina Faso apelou à calma e diz e a situação no país está controlada
O clima de tensão permanece alto em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, dois dias após o golpe militar que derrubou Tenente-Coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, ele próprio chegado ao poder através de um golpe de estado.
Numa declaração televisiva, os líderes da junta militar golpista apelaram à calma, assegurando que a ordem foi restaurada.
"Queremos informar a população que a situação está sob controlo. Convidamo-vos, por isso, a prosseguirem livremente com as vossas vidas e a desistir de qualquer ato de violência e vandalismo que possa prejudicar os esforços feitos desde a noite de 30 de setembro de 2022, especialmente aqueles que poderiam ser perpetrados contra a embaixada francesa", disse o capitão Kiswendsida Farouk Azaria Sorgho.
No sábado, os manifestantes atacaram violentamente a embaixada francesa, incendiando barreiras protetoras, atirando pedras para o interior do edifício e derrubando as proteções de arame farpado, numa tentativa de entrarem nas instalações.
A cólera foi alimentada por notícias de que o coronel destituído estava sob proteção da França, e de nada adiantou Paris ter desmentido.
A hostilidade contra a antiga potência colonial está ao rubro no país**. Muitos reclamam o fim da presença militar francesa no Sahel.**
Outros pedem o reforço da cooperação militar do Burkina Faso com a Rússia.