É um país mais bipolarizado do que nunca que segue para a segunda volta da eleição presidencial. Eleger Lula ou Bolsonaro é o grande desafio do Brasil
"Haja Coração!"
A primeira página de um jornal brasileiro esta segunda-feira não deixa dúvidas sobre a intensidade com que o Brasil está a viver esta eleição presidencial.
Lula da Silva esteve à beira de ser eleito; Jair Bolsonaro fez muito melhor do que previam as sondagens.
É um país bipolarizado que vai passar mais quatro semanas de alta tensão.
Nas ruas, todos sentem esta divisão.
"Eu acho que a gente está num momento de uma polarização enorme e que o bolsonarismo cresce cada vez mais e isso é reflexo de um reflexo de um país muito conservador", diz um jovem.
Outra cidadã brasileira confirma: "Está muito polarizado. Os dois lados estavam acreditando que ontem as eleições iam se definir, mas eu imaginava profundamente que não."
O Brasil está muito mais polarizado do que muitas pessoas pensavam, e governar será difícil para quem ganhar", disse Brian Winter, vice-presidente para a política na Sociedade das Américas/Conselho das Américas. "Penso que as próximas semanas irão colocar uma forte pressão sobre a democracia do Brasil, à medida que estes dois homens combaterem". Espera-se uma corrida feia que deixará cicatrizes".
Os analistas convergem na ideia de que é muito difícil prever o desfecho desta contenda.
A diferença entre os dois candidatos foi de 6,1 milhões de votos; menos dois milhões do que fizeram Simone Tebet e Ciro Gomes, juntos.
A chave da vitória pode estar nas mãos destes dois candidatos da primeira volta, mas nenhum disse ainda claramente para que lado é que a vai rodar.