Air France e Airbus no banco dos réus por desastre do voo Rio-Paris

Recuperação dos destroços do Airbus A330
Recuperação dos destroços do Airbus A330 Direitos de autor HO/AFP
De  Ricardo Figueira
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Caso de 2009 volta à ordem do dia. Companhia aérea e construtora julgadas por homicídio involuntário a partir desta segunda-feira.

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Os representantes da Airbus e da Air France sentam-se no banco dos réus, a partir desta segunda-feira, para responder por um caso com 13 anos: o despenhamento do avião que fazia a ligação Rio de Janeiro-Paris (voo AF 447), que fez 228 mortos em junho de 2009, na sequência de uma tempestade.

Caroline Soulas, que perdeu a filha no desastre do Airbus A330, é um dos muitos familiares a pedir justiça: "Treze anos depois, temos um julgamento, que para mim não tem grande interesse pessoal, porque não vai trazer a minha filha de volta, Mas é importante que este acidente fique na cabeça das pessoas, é importante trazê-lo de novo à ordem do dia e, sobretudo, apurar as responsabilidades, porque isso é o mais importante", diz.

É importante que este acidente fique na cabeça das pessoas, é importante trazê-lo de novo à ordem do dia e, sobretudo, apurar as responsabilidades.
Caroline Soulas
Mãe de vítima mortal

A companhia aérea e a construtora são acusadas de homicídio involuntário. Uma sentença de 2019 concuiu que não houve negligência, mas o Tribunal da Relação deu razão às famílias das vítimas e reabriu o processo. A investigação concluiu que o congelamento dos tubos de monitorização impediu os pilotos de fazer as leituras corretas e de dar a resposta adequada à tempestade.

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