O presidente ucraniano diz que ataques russos a Kiev e outras cidades são "terroristas" e pede à população que fique nos abrigos.
Em Kiev, o dia-a-dia dos civis voltou a ser abalado por algo que tinha desaparecido da rotina desde há alguns meses: a necessidade de usar o metro e outros abrigos subterrâneos para se protegerem dos bombardeamentos russos.
Enquanto um grupo de crianças canta o hino nacional num abrigo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy não tem dúvidas ao qualificar os russos como terroristas:
"Esta manhã foi difícil. Estamos a lidar com terroristas. Dezenas de mísseis, Shahids iranianos, atingiram dois tipos de alvos: O primeiro são instalações energéticas em todo o país. Querem o pânico e o caos, querem destruir o nosso sistema energético. O segundo alvo são as pessoas. O timing e os alvos foram escolhidos de forma a causar o maior número possível de danos. Não se esqueçam que a Ucrânia já aqui estava antes de este inimigo aparecer e vai continuar depois de ele sair", disse.
Zelenskyy pediu à população para não deixar os abrigos. Estes são os ataques mais violentos na capital desde que a Rússia decidiu recentrar a guerra no leste da Ucrânia. O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, diz que Putin está "a agir em desespero devido às derrotas militares no leste".