Corredor de energia verde agrada a Alemanha

Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, Emmanuel Macron, presidente de França, e António Costa, primeiro-ministro de Portugal
Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, Emmanuel Macron, presidente de França, e António Costa, primeiro-ministro de Portugal Direitos de autor LUDOVIC MARIN/AFP or licensors
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Gasoduto construído entre Portugal, Espanha e França vai permitir abastecer Europa Central, nomeadamente alguns dos países mais dependentes do gás proveniente da Rússia.

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O consenso para um corredor de energia verde entre Portugal, Espanha e França estendeu-se ao resto da Europa. O gasoduto de hidrogénio e gás natural que vai partir de território português para abastecer a Europa Central, colheu elogios entre os líderes europeus que nos últimos dois dias se reuniram em Bruxelas.

Numa altura em que, para fazer face à crise energética, os Estados-membros já concordaram em reduzir a procura de gás em 15% durante este inverno, a Alemanha, um dos países mais dependentes do gás russo, mostrou-se particularmente favorável a este acordo.

"É um grande passo em frente o facto de haver agora uma ligação por gasoduto para França a partir da Península Ibérica. E estou muito feliz que os esforços que durante tantos anos não tiveram sucesso tenham agora conduzido a um bom resultado", afirmou o chanceler alemão Olaf Scholz.

O primeiro-ministro português, António Costa, não poderia estar mais de acordo com o homólogo alemão, naquela que diz ser uma questão de solidariedade.

A participar na cimeira, em Bruxelas, António Costa afirmou que "está ultrapassado um dos bloqueios mais antigos na Europa", considerando a iniciativa "um bom contributo que Portugal, Espanha e França dão para o conjunto da Europa, de como é possível, ultrapassando bloqueios, ajudar ao espírito de solidariedade comum de que todos necessitamos para enfrentar esta crise".

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Percurso previsto para o futuro gasoduto construído entre Portugal, Espanha e FrançaEURONEWS

O futuro gasoduto que tem o ponto de partida previsto para Celorico da Beira, em Portugal, vai passar por Zamora e Barcelona, para depois unir, por mar, Espanha à cidade francesa de Marselha.

A infraestrutura, na visão de António Costa, é já vencedora dentro do mercado ibérico.

"Para Portugal, só o chegarmos à fronteira com Espanha, esta terceira ligação já é para nós uma enorme mais-valia, porque significa aumentarmos a nossa capacidade de estarmos conectados com um mercado, onde não somos só os 10 milhões, mas já é um mercado de 60 milhões no conjunto da Península Ibérica", disse aos jornalistas o primeiro-ministro português.

O projeto para o corredor de energia verde será desenvolvido numa reunião a 9 de dezembro, na cidade espanhola de Alicante.

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