Repressão policial faz 60 mortos no Chade

Registaram-se manifestações e protestos na capital do Chade, N'Djamena
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Pelo menos 60 pessoas foram mortas pelas forças de segurança que abriram fogo contra os manifestantes, reprimindo desta forma a onda de protestos.

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Uma relativa calma voltou esta sexta-feira à capital do Chade, N'Djamena, depois de violentos protestos na quinta-feira, contra o Governo de transição liderado pelo primeiro-ministro Saleh Kebzabo.

Pelo menos 60 pessoas foram mortas pelas forças de segurança que abriram fogo contra os manifestantes, reprimindo desta forma a onda de protestos.

Mais de três centenas de pessoas ficaram feridas.

Registaram-se manifestações e protestos em várias cidades deste país africano.

As autoridades impuseram um recolher obrigatório, após a violência, entre as 18h e as seis horas da manhã.

A repressão policial foi fortemente condenada pela comunidade internacional, incluindo a União Europeia, a União Africana, Estados Unidos da América e as Nações Unidas.

"Pedimos às autoridades que garantam que a segurança e os Direitos Humanos de todos os chadianos, incluindo o direito à liberdade de expressão, reunião pacífica e associação, sejam respeitados. Também pedimos a todas as partes que se abstenham de violência ou uso excessivo de força e permaneçam comprometidas com o espírito de diálogo no interesse da paz e da estabilidade no país", sublinhou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

Os protestos ocorreram no dia previsto para o término da transição, que começou há 18 meses após a morte do presidente Idriss Déby durante combates entre grupos rebeldes e o Exército em abril de 2021.

Desde então, o Chade é liderado por uma junta militar chefiada por Mahamat Idriss Déby Itno, o filho do ex-presidente, que anulou a constituição e dissolveu o governo e o Parlamento.

As manifestações foram convocadas, no início da semana, pela plataforma de oposição Wakit Tamma e pelo partido Les Transformateurs, liderado por Success Masra, um dos principais opositores políticos de Déby.

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