As hesitações de Elon Musk sobre o fornecimento gratuito deste sistema, fulcral para as forças de defesa antiaérea da Ucrânia, estão a deixar as forças armadas ucranianas exasperadas.
Os ataques aéreos russos na Ucrânia baixaram de intensidade desde a forte ofensiva de segunda-feira, mas voltaram a matar, já esta terça-feira, na cidade de Mykolaiv, no sul do país, em que pelo menos uma pessoa morreu e vários edifícios ficaram destruídos.
Entre as forças ucranianas, as ameaças de Elon Musk de retirar o fornecimento gratuito do sistema de satélite Starlink causou alguma incerteza e mal-estar, já que as defesas antiaéreas estão muito dependentes deste sistema. O multimilionário norte-americano acabou por voltar atrás e anunciou no Twitter (cuja compra efetivou há poucos dias) que iria continuar a disponibilizar o sistema gratuitamente. Um comandante ucraniano explica as vantagens do Starlink.
Roman Omelchenko, comandante da 59ª brigada de telecomunicações, explica a importância do sistema: "Não é precisa muita informação: Chegamos, instalamos e ligamos. É tudo. A conexão funciona. A Internet, a transmissão de dados... Se perdermos isto, será um duro golpe para a nossa comunicação", diz
Moscovo acusa Reino Unido
Em Moscovo, cresce o sentimento de Vladimir Putin e do círculo próximo contra as potências ocidentais... Putin acusa Londres de ter ajudado um ataque ucraniano, com mísseis e drones, contra a frota russa no Mar Negro. Para o Kremlin, o Reino Unido teve também um envolvimento direto na sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2.
"Há provas de que o Reino Unido esteve envolvido neste ato de sabotagem ou, para usar uma linguagem mais direta, neste ato terrorista contra uma infraestrutura energética vital e não apenas da Rússia. São ações que não podemos deixar passar em claro e, com certeza, vamos considerar tomar novas medidas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Frente de batalha
A evolução é muito lenta. O exército ucraniano prossegue a ofensiva de retomada das zonas anexadas pela Rússia. Em Bakhmut, na região de Donetsk, apenas poucos quilómetros separam agora as posições russa e ucraniana.