Milhares de pessoas manifestaram-se na Bélgica e na Grécia contra o aumento do custo de vida.
A Europa vive, esta quarta-feira, uma onda de greves contra o aumento do custo de vida.
Na Bélgica, é dia de paralisação geral. Centenas de pessoas responderam ao apelo dos sindicatos e decidiram sair às ruas. Os manifestantes pedem aumentos salariais para fazer face aos custos da energia e também à inflação, que atinge o nível mais elevado desde meados dos anos 70.
No país, vários setores foram afetados pela greve, entre eles o setor dos transportes. Há ainda registo de vários voos cancelados.
“É uma manifestação pelo poder de compra, pelos salários, pelos apoios sociais. Tudo o que está atualmente bloqueado. Vivemos uma situação de crise, crises em cadeia. Estamos em choque. Homens e mulheres, mesmo os de meios mais ricos, estão chocados com a atual fatura energética”, disse um dos manifestantes, em entrevista.
Na Grécia, a greve geral, uma das mais importantes dos últimos anos, afetou vários setores. Os transportes, os serviços públicos,ou a educação são alguns dos exemplos. O funcionamento de certos meios de comunicação social também acabou por ser abalado.
À semelhança do que está a acontecer na Bélgica, os manifestantes gregos pedem aumentos "decentes" dos salários para lutar contra a inflação galopante.
Para além disso, manifestaram-se para denunciar as reformas da política laboral, levadas a cabo pelo governo conservador de Kyriakos Mitsotakis. O líder do executivo grego, recorde-se, tomou posse em 2019.
O descontentamento generalizado levou milhares de pessoas às ruas e resultou em confrontos entre manifestantes e a polícia em Atenas.