Prisão perpétua para três culpados do abate do avião MH17

Destroços do avião da Malaysian Airlines, abatido por um míssil russo em 2014
Destroços do avião da Malaysian Airlines, abatido por um míssil russo em 2014 Direitos de autor Peter Dejong/AP
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Justiça que investigou a queda do aparelho da Malásia Airlines descarta qualquer cenário de acidente e considera que se tratou de uma "ação militar concertada"

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Dois cidadãos russos e um ucraniano foram considerados culpados do abate do avião MH17 e condenados à prisão perpétua. O quarto suspeito, de nacionalidade russa, foi absolvido devido à falta de provas.

A justiça neerlandesa considera que o aparelhoda Malaysia Airlines que se despenhou em 2014 sobre território ucraniano foi abatido por um míssil, descartando qualquer cenário de acidente.

Os russos Igor Guirkine e Serguei Doubinski e o ucraniano Leonid Khartchenko foram condenados pelo papel desempenhado no ataque ao avião, utilizando equipamento militar russo.

O tribunal presidido por Hendrik Steenhuis determinou ainda que os suspeitos tinham uma relação próxima com a Rússia e que o lançamento de um míssil, apesar de não se tratar de uma ação direta das Forças Armadas russas, se tratou de uma "ação militar concertada".

A justiça neerlandesa estabeleceu ainda que a Rússia tinha o controlo sobre a República autoproclamada de Donetsk, de onde partiu o ataque.

O julgamento teve início em março de 2020 e culminou agora com a condenação à revelia de três dos quatro suspeitos. Apesar da sentença, é pouco provável que venham a cumprir efetivamente a pena de prisão. Têm duas semanas para recorrer da decisão do tribunal neerlandês.

O MH17 partiu de Amesterdão com destino a Kuala Lumpur a 17 de julho de 2014 e despenhou-se no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo. Não houve qualquer sobrevivente.

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