Pelo menos 342 pessoas perderam a vida em dois meses de contestação, segundo ONG
Os arredores da antiga residência do Ayatollah Khomeini, fundador da República Islâmica do Irão, no sul do país, foram visados por manifestantes que voltaram a desafiar a violenta repressão dos protestos que se multiplicam desde o meio de setembro.
Centenas de iranianos voltaram a sair à rua em vários pontos do país, coincidindo com o terceiro aniversário do chamado "novembro sangrento" de 2019, quando mais de 300 manifestantes - segundo a Amnistia Internacional - foram mortos na repressão dos protestos contra a subida dos preços dos combustíveis.
As autoridades iranianas parecem ter dificuldades em conter a vaga de protestos iniciada a 16 de setembro, depois da morte em cativeiro da jovem Mahsa Amini, detida pela polícia alegadamente por uso incorreto do véu islâmico. Segundo a ONG Iran Human Rights, 342 pessoas perderam a vida em dois meses de contestação.