Vários mortos nos protestos no Curdistão iraniano

Jovem em protesto no Irão
Jovem em protesto no Irão Direitos de autor Gregorio Borgia/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
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As forças de segurança dispararam sobre os manifestantes durante o funeral de duas vítimas dos protestos da véspera, no Curdistão iraniano

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As forças de segurança dispararam contra manifestantes numa cidade curda do oeste do Irão.

Segundo algumas fontes terão sido mortas cinco pessoas; outras falam de sete mortos. Há várias dezenas de feridos.

É difícil fazer o balanço das vítimas porque segundo grupos de defesa dos Direitos Humanos os feridos recusam ir ao hospital por receio de serem detidos.

A repressão ocorreu durante o funeral de duas vítimas dos protestos, uma das quais um jovem de 16 anos.

Segundo os ativistas dos Direitos Humanos no Irão, pelo menos 426 pessoas foram mortas e mais de 17.400 presas desde o início dos tumultos, em setembro.

As mesmas fontes dizem que pelo menos 55 membros das forças de segurança terão sido mortos

Os funerais têm sido frequentemente palco de protestos renovados nas últimas semanas, como aconteceu durante a Revolução Islâmica de 1979, que levou os clérigos ao poder.

As últimas manifestações marcam o maior desafio para a teocracia em mais de uma década.

Os vídeos que circulam nas redes sociais mostram dezenas de manifestantes a abrigarem-se em becos com ecos de tiros de armamento pesado pelas ruas. Alguns mostram indivíduos deitados inertes e ensanguentados, enquanto outros mostram pessoas reunidas num hospital local para doar sangue.

O Irão tem sido convulsionado por protestos antigovernamentais desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos, que morreu sob a custódia da polícia moral do país na capital, Teerão.

Os protestos, que se concentraram inicialmente na região curda ocidental do Irão, de onde Amini era originária, espalharam-se por todo o país e escalaram em apelos ao fim da ditadura teocrática do Irão.

As autoridades iranianas restringem fortemente a cobertura dos protestos pelos meios de comunicação social e têm cortado periodicamente o acesso à Internet, o que dificulta o acompanhamento da situação no país.

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