Num discurso no Conselho de Segurança da ONU, o presidente da Ucrânia pediu uma resolução de condenação do "terror energético" da Rússia no seu país.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, apelou ao Conselho de Segurança da ONU para pressionar a Rússia a cessar os ataques aéreos visando as infraestruturas críticas do seu país.
O apelo surge após o ao último ataque russo sobre a rede energética da Ucrânia, roubando água e eletricidade a milhões de ucranianos.
Para além da destruição das infraestruturas, há também civis a morreram nos ataques com mísseis.
"O terror energético é comparável ao uso de armas de destruição maciça. Quando temos temperaturas abaixo de zero, e dezenas de milhões de pessoas sem abastecimento de energia, sem aquecimento, sem água, este é um crime óbvio contra a humanidade", disse.
Consciente de que não poderá ser aprovada uma resolução devido ao veto russo, Zelenskyy instigou os membros do Conselho de Segurança a agirem, afirmando: "Não faz sentido que o direito de veto seja reservado a quem está a travar uma guerra criminosa. É necessário conduzir o mundo para fora deste impasse (...) O mundo não deve ser mantido refém por um terrorista internacional".
Os EUA acusaram Vladimir Putin de "claramente usar o inverno como arma para infligir imenso sofrimento ao povo ucraniano".
O embaixador russo rejeitou o que chamou "ameaças e ultimatos imprudentes" por parte da Ucrânia e dos seus apoiantes no Ocidente.
No Parlamento Europeu, a presidente tenta contribuir para melhorar a situação dos ucranianos.
Roberta Metsola lançou a iniciativa "Geradores de Esperança", uma campanha que apela a todas as cidades europeias que doem geradores e transformadores de energia para ajudar os ucranianos a passarem o inverno.
As autoridades ucranianas dizem que o Kremlin espera que a falta de aquecimento e de iluminação nas casas leve os ucranianos a deixarem de apoiar a guerra, mas, ao contrário, estas provações reforçam a determinação do povo ucraniano.