27 migrantes, na maioria iraquianos, morreram ao tentar atravessar o Canal da Mancha e sem que tenham sido socorridos.
Grupos de manifestantes e políticos lembraram os 27 mortos num naufrágio no Canal da Mancha, junto a Dunquerque, há um ano. O caso está envolvido em polémica, já que os migrantes, na maioria originários do Iraque, não foram socorridos nem pelas autoridades francesas nem britânicas. O próprio ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, admitiu que o naufrágio poderia ter sido evitado.
"É importante lembrá-los, falar deles, pensar nas famílias e denunciar estas situações, porque algo assim pode voltar a acontecer em qualquer altura", disse Anna Richel, da associação "Utopia 56 Grande-Synthe".
Martial Beyaert, Presidente da Câmara de Grande-Synthe, lembrou: "Faz um ano que 27 pessoas morreram aqui. Migrantes que procuravam o Eldorado no Reino Unido e morreram aqui. Não foi do outro lado do mundo, foi aqui, na costa de Dunquerque. É importante lembrar e refletir".
As passagens clandestinas de migrantes através do Canal da Mancha, muitas vezes mortíferas, são motivo frequente para um jogo de culpas entre França e o Reino Unido.