Chuva de mísseis em Kherson faz quatro mortos

Os apagões são agora frequentes na Ucrânia
Os apagões são agora frequentes na Ucrânia Direitos de autor Evgeniy Maloletka/AP
De  Ricardo Figueira
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"Os russos não sabem lutar, só aterrorizar. É a vingança dos perdedores", diz o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.

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A Rússia lançou uma nova chuva de mísseis sobre Kherson. Os mais recentes ataques terão feito quatro mortos e dez feridos, segundo as informações do exército da Ucrânia. As forças russas estão a intensificar os ataques na tentativa de retomar o controlo desta cidade no sudeste do país, depois de a Ucrânia a ter reconquistado. Os mísseis atingiram um parque infantil e prédios de habitação.

Segundo Volodymyr Zelenskyy, trata-se apenas de vingança: "A cada hora recebo notícias de ataques por parte dos ocupantes em Kherson e outras comunidades na região. Esse terror começou assim que as forças russas foram obrigadas a fugir da região de Kherson. É a vingança dos perdedores. Eles não sabem lutar. A única coisa que sabem fazer é aterrorizar. Ou através da energia, ou da artilharia, ou dos mísseis. A corrente liderança degradou a Rússia a esse ponto", disse o presidente ucraniano num discurso.

É a vingança dos perdedores. Eles não sabem lutar. A única coisa que sabem fazer é aterrorizar.
Volodymyr Zelenskyy
Presidente da Ucrânia

Os mísseis atingiram também a zona da capital. Em Vyshgorod, perto de Kiev, os últimos ataques visaram quatro blocos de apartamentos, uma creche e uma escola. Entretanto, Kiev vive ameaçada pelo frio e pela escuridão. Segundo o presidente da câmara, Vitaly Klitschko, cerca de três quintos da cidade está sem energia elétrica, depois de vários ataques à rede energética, o que acontece quando o inverno está a chegar e as temperaturas baixam. O apagão na capital ucraniana é visível nas fotografias de satélite, comparando os registos antes da invasão russa com os de agora. Os ataques com mísseis e drones, por parte da Rússia, à estrutura energética ucraniana estão a obrigar hospitais como o de Kramatorsk a trabalhar com geradores.

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