UE vai decidir sobre sanções contra Hungria

Viktor Orbán há duas semanas em Belgrado
Viktor Orbán há duas semanas em Belgrado Direitos de autor AP Photo/Darko Vojinovic
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Bruxelas tem advertido o Governo de Viktor Orbán sobre os atropelos ao Estado de Direito, suspendeu o seu plano de recuperação pós-covid e insiste numa redução substancial de 20% dos fundos europeus para os próximos sete anos

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A Comissão Europeia deverá pronunciar-se, oficialmente, sobre o congelamento dos fundos europeus destinados à Hungria e sobre o plano de recuperação deste Estado-membro.

Bruxelas tem advertido o Governo de Viktor Orbán sobre os atropelos ao Estado de Direito, no país, suspendeu o seu plano de recuperação pós-covid, no valor de 5,5 mil milhões de euros em subsídios, e insiste numa redução substancial de 20% dos fundos europeus para os próximos sete anos, o equivalente a 7,5 mil milhões de euros.

Para o economista Attila Weinhardt, "esta quezília lança uma sombra sobre a economia e as finanças públicas húngaras. Assim que for resolvida, irá subitamente melhorar a margem de manobra do orçamento."

O Governo húngaro adotou 17 medidas para combater a corrupção, que visam assegurar que os fundos europeus são gastos adequadamente, e prometeu reforçar a independência do poder judicial.

A Comissão Europeia considerou, já, essas medidas insuficientes. No entanto, para o diretor do gabinete húngaro da Transparência Internacional, József Péter Martin, o país está no bom caminho. "Na nossa opinião, este é o único pacote anticorrupção significativo, dos últimos 12 anos, mas obviamente não se pode esperar que desmantele completamente o Sistema de Cooperação Nacional (o regime de Orbán) de um dia para o outro".

Na semana passada, o Parlamento Europeu adotou uma resolução onde pede à Comissão para não libertar os fundos até que sejam vistas mudanças reais no país. A aprovação do Plano de Recuperação húngaro também tem por base esse princípio fundamental.

A euronews sabe que o Governo de Viktor Orbán está confiante e espera desbloquear os fundos de coesão até à segunda metade de 2023.

A Hungria enfrenta uma grave crise económica, com a inflação a ultrapassar os 20%.

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