Ativistas iranianos duvidam da abolição da polícia dos costumes

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Comércio fechado e apelos à greve no Irão. Ativistas duvidam da abolição da polícia dos costumes

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No Irão, o comércio está fechado e alguns meios de comunicação social fazem eco de um apelo para uma greve de três dias.

Ativistas, que apoiam o movimento de protesto no Irão, negam que a República Islâmica esteja a desmantelar a polícia dos costumes.

Uma representante da organização de direitos humanos "ARTIGO19" diz que nada está realmente a mudar no Irão desde que foi anunciada a abolição da polícia dos costumes.

"Já há algumas semanas que muita gente no Irão não vê a polícia da moral por perto. Mas será isto uma mudança positiva? Não, tem havido um aumento de outras forças de segurança no terreno. E estas forças de segurança estão autorizadas a disparar, matar, espancar, prender manifestantes e levá-los sob custódia, infligir tortura ... sem qualquer processo devido ou qualquer acusação criminal adequada contra os manifestantes. É uma grande manobra de distração, porque quem conhece o Irão sabe que a polícia dos costumes não é o problema," afirma a Investigadora sénior da Organização de Direitos Humanos Artigo 19, Mahsa Alimardani.

No passado fim-de-semana, o Procurador-Geral Mohammad Jafar Montazeri anunciou a abolição da polícia dos costumes, uma força policial muito temida criada em 2006 pelo ultraconservador Presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O anúncio inesperado foi visto como um gesto para os manifestantes. Mas os ativistas dos direitos humanos interpretam o anúncio mais como uma resposta improvisada a uma pergunta numa conferência.

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