Escândalo no PE: reunião de emergência dos líderes parlamentares

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A sessão plenária do Parlamento Europeu esta segunda-feira será agitada pelo escândalo. Líderes parlamentares têm reunião de emergência

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O Parlamento Europeu reúne em sessão plenária esta segunda-feira, agitado pelo escândalo que levou à detenção de quatro pessoas no fim de semana, acusadas de pertença a organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais.

Em causa está a suspeita de tráfico de influências por parte do Qatar. Entre os detidos está a vice-presidente, Eva Kaili, que já foi suspensa das funções de vice-presidente, das funções de eurodeputada e expulsa do partido pelo qual foi eleita, o socialista grego, Pasok.

A polícia belga procedeu a buscas no domicílio de Eva Kaili, onde terá encontrado um saco com dinheiro. Segundo a AFP, que cita uma fonte judiciária sob anonimato, a até agora vice-presidente não pode beneficiar de imunidade parlamentar por ter sido apanhada em flagrante delito, na sexta-feira à noite, quando foi detida.

Este caso é um atentado grave à reputação do órgão representativo de mais de 450 milhões de europeus, mas não surpreende alguns observadores.

Nicholas Aiossa, diretor adjunto da Transparência Internacional, comenta: "Penso que o que é uma revelação surpreendente é que isto só esteja a vir à luz agora, dada a quantidade de eurodeputados que alegadamente estão envolvidos, membros do pessoal, outras partes interessadas e alguns dos pequenos casos de corrupção que temos visto entre os eurodeputados há anos, quando se trata de subsídios ou outras infrações. Sim, isto pode ser apenas a ponta do iceberg".

O Qatar rejeita as acusações de tráfico de influências.

Para além dos quatro acusados estão, foram interrogadas mais duas pessoas, que foram deixadas em liberdade, após as rusgas de fim de semana pela polícia belga. Pelo menos uma é membro do Parlamento Europeu e uma é ex-profissional das instituições europeias

Os parlamentares manifestaram choque com as detenções, entre as quais a detenção de familiares de um antigo deputado italiano, a quem agentes cataris alegadamente ofereceram férias no valor de 100.000 euros.

A presidente do parlamento, Roberta Metsola, que foi obrigada a regressar a Bruxelas, de emergência, no sábado, convocou uma reunião de emergência de líderes dos grupos parlamentares para esta segunda-feira.

Segundo uma agência noticiosa grega, o chefe da autoridade de combate ao branqueamento de capitais na Grécia, antigo procurador-adjunto do Supremo Tribunal, Charalambos Vourliotis, ordenou esta segunda-feira a apreensão dos bens de Eva Kaili, de membros da sua família e do seu parceiro.

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