"Somos capazes de derrotar a Rússia", diz conselheiro ucraniano

300 dias após o início da invasão russa da Ucrânia, Moscovo estará, alegadamente, a preparar um novo ataque em larga escala. Desta vez, teme-se que com o apoio de regime da Bielorrússia.
Em entrevista à euronews, o conselheiro do ministério ucraniano da Defesa, Yury Sak afirma:"Ultimamente, temos observado algum movimento de tropas na Bielorrússia. Ouvimos diferentes relatos sobre os seus planos para tentarem novamente conquistar Kiev mas, ao mesmo tempo, temos mostrado ao mundo, repetidamente, que estamos prontos a enfrentar a Rússia com resistência. Além disso, somos capazes de derrotar a Rússia. Foi o que fizemos: primeiro em Kiev, depois em Chernihiv, depois Kharkiv e, mais recentemente, em Kherson.
O exército ucraniano fortificou, suficientemente, a nossa fronteira com a Bielorrússia e é por isso que o nosso Ministério da Defesa, o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia emite regularmente avisos públicos ao exército bielorrusso. Eles não têm de fazer isto, não têm de ouvir os dois ditadores loucos. Têm de ficar em casa com as suas famílias.
Porque se - Deus nos livre - decidirem lançar uma invasão, as consequências para eles serão catastróficas. Porque estamos bem preparados, estamos bem fortificados, temos armas suficientes, temos reservas militares suficientes, em termos de efetivos."
As forças de Kiev têm conseguido resistir contra o invasor russo, em parte, devido à resistência do povo da Ucrânia, mas também devido ao apoio dos países aliados.
"Já recebemos, por exemplo, o sistema IRIS-T da Alemanha e a Alemanha já se comprometeu, de facto, a fornecer-nos mais destes sistemas. Recebemos dois sistemas NASAMS dos dos Estados Unidos e esperamos receber mais. Recebemos sistemas HAWK - que são sistemas de pequeno e médio alcance - dos nossos aliados norte-americanos, e de Espanha. Assim, estamos gradualmente a melhorar e a construir as nossas capacidades de defesa aérea, mas é claro que somos confrontados com um inimigo muito traiçoeiro e nenhuma defesa aérea no mundo pode lidar bem quando cem mísseis são disparados ao mesmo tempo. Pode ser avassalador para os sistemas de defesa aérea", conclui Sak.