Centro em Budapeste pede ajuda para refugiados

O centro da Migration Aid só tem recursos para funcionar até meados de janeiro
O centro da Migration Aid só tem recursos para funcionar até meados de janeiro Direitos de autor ARIS MESSINIS/AFP
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Donativos e voluntários escasseiam na estrutura criada pela Migration Aid

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O tempo gasta-se à medida da criatividade no centro que a organização húngara Migration Aid criou em Budapeste para acolher refugiados. Não param de chegar, desde que rebentou a guerra na Ucrânia. Kristina abandonou Kiev num dos bombardeamentos.

Não há aviões, nem mísseis a sobrevoar, não há tiros. Isso é que importa.
Nikita (12 anos)
Refugiado ucraniano

"Quando se vive uma experiência como a guerra, acabamos por aceitar as coisas como são. Mas quando chegamos a um sítio como este, seguro, sentimo-nos totalmente diferentes. Podemos planear a nossa vida. Na Ucrânia, não podemos planear nem as horas que vêm a seguir", conta.

Mas os donativos têm diminuído e a quantidade de voluntários também. Na realidade, este centro só tem recursos para funcionar até meados de janeiro.

"Temos cada vez mais pessoas a chegar. De onde vêm, já não há aquecimento, nem eletricidade, nem trabalho. Estas pessoas estão a enfrentar o maior desafio da vida delas. Mas já ninguém fala dos refugiados. Nós queremos continuar o nosso trabalho e dar alojamento, pelo menos até ao fim do inverno", explica Alexandra Vígh, da Migration Aid.

Nikita tem 12 anos. Fugiu de Sumy com a mãe. "Aqui sinto-me bem. Arranjei amigos, tenho internet, temos o que comer. Mas o mais importante é a segurança. Não há aviões, nem mísseis a sobrevoar, não há tiros. Isso é que importa", diz-nos.

No entanto, os especialistas do centro confirmam que os traumas ficaram, sobretudo entre os mais novos, e que vão demorar muito tempo a sarar.

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