Cerca de 20% dos estudantes franceses vivem abaixo do limiar da pobreza. Quando se estuda e trabalha, ao mesmo tempo, o risco de reprovação é multiplicado por três
Em França, há cada vez mais estudantes que dependem da ajuda alimentar. Um fenómeno que afeta um número crescente de jovens, em toda a Europa.
Em Paris, associações de estudantes organizam, regularmente, sessões de distribuição de alimentos desde a pandemia.
O impacto da Covid-19 e da inflação
Depois da crise da Covid-19, o aumento dos preços da energia e das rendas, manteve numerosos jovens numa situação de grande precariedade.
Mustafa está no quinto ano do curso de História, em Paris. Recebe uma bolsa de 270 euros e paga 220 euros de renda. "Não me resta grande coisa. Felizmente, podemos contar com a ajuda de associações de estudantes, como a Cop1, que ajudam os estudantes em dificuldade", contou-nos o estudante francês.
Estudantes que trabalham correm maior risco de reprovar
Muitos estudantes são obrigados a trabalhar para pagar os estudos. Théophile não tem ajuda dos pais e trabalha vinte horas por semana no bar da universidade. Eestá exausto. Este ano, não tem ido às aulas e não vai fazer exames. "Não posso dar-me ao luxo de deixar o meu trabalho", confessou o estudante francês.
"A precariedade entre os estudantes é um enorme fardo mental. Esses estudantes são obrigados a trabalhar. Mas, quando se trabalha mais de doze horas por semana, o risco de reprovação é multiplicado por três", disse à euronews Laure Morin, presidente da Gaelis, federação das associações de estudantes da cidade de Lyon.
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