França presta apoio militar à Ucrânia. Kiev vai dispor de 200 milhões de euros para armas

Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, com o homólogo ucraniano, Oleksii Reznikov
Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, com o homólogo ucraniano, Oleksii Reznikov Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
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Ministro francês da Defesa discutiu cooperação com a Ucrânia, em Kiev, num encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.

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O ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, deslocou-se, esta quarta-feira, a Kiev para um encontro com o presidente Volodymyr Zelenskyy, onde garantiu pessoalmente ao chefe de Estado ucraniano o apoio militar de Paris com o envio de equipamento e a criação de um fundo de 200 milhões de euros para compra de armas.

A cooperação francesa, assegura Zelenskyy, vai permitir à Ucrânia não só reforçar a defesa aérea, mas também começar a pôr em marcha a reconstrução do país.

No entanto, no terreno a margem para pensar no futuro continua a ser limitada pelos ataques russos.

Kiev, a capital, bem como Kherson e Mykolaiv, a sul, e Zhytomyr, a oeste, acordaram esta quinta-feira ao som das sirenes de alerta para novos bombardeamentos.

Moscovo admite retoma das conversações com Kiev

Moscovo mantém o que diz ser a porta aberta para o diálogo. Mas, de acordo com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, a diplomacia só terá lugar se a Ucrânia admitir a anexação de parte do território.

Numa entrevista à televisão estatal russa, Lavrov afirmou que a "perseverança, paciência e determinação" da Rússia ajudarão a alcançar os seus objetivos na Ucrânia.

"Nunca rejeitamos propostas para chegar a acordos diplomáticos. As condições em que estamos prontos para começar a discutir esses acordos são bem conhecidas. Uma parte inalienável destas condições é o reconhecimento da soberania da Federação Russa sobre quatro territórios em quatro regiões", disse o ministro russo referindo-se a territórios ucranianos.

Cooperação militar com a Bielorrússia aumenta

Enquanto Kiev e Moscovo se mantêm afastados da mesa das negociações, a Rússia vai mostrando que ainda tem cartas a dar no campo militar. Imagens do ministério russo da Defesa mostram alegados treinos conjuntos entre as tropas russas e bielorrussas.

O Ministério da Defesa russo publicou, na quarta-feira, imagens de vídeo com o que diz ser "pessoal militar russo e bielorrusso do grupo regional de forças a conduzir exercícios conjuntos de treino de combate na República da Bielorrússia como parte das atividades de coordenação de combate".

Serhii Deineko, chefe do Serviço de Guarda de Fronteiras do Estado da Ucrânia, alega que recentemente a Rússia enviou um grupo de 10.200 militares para a Bielorrússia, mas que o atual batalhão não é suficiente para um ataque à Ucrânia.

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