Primeiro dia de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU

Moçambique é já membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). O país foi eleito em Junho passado, tal como Equador, Japão, Malta e Suíça, num mandato que começou formalmente com a tomada de posse, esta terça-feira, em Nova Iorque, e que vai prolongar-se até ao final de 2024.
Momentos antes da cerimónia, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, prometeu salvaguardar os interesses africanos nos próximos dois anos.
“Reafirmamos a nossa linha de orientação centrada na defesa e salvaguarda dos interesses de Moçambique, da África, dos países em desenvolvimento e do mundo na defesa da paz e segurança internacionais”, declarou Nyusi.
O Presidente moçambicano comprometeu-se ainda a usar a experiência do país na “construção da paz por via do diálogo” para contribuir na “edificação de um mundo mais pacífico, harmonioso e próspero”.
O chefe de Estado moçambicano lembrou que o país assume o seu mandato num contexto de “fortes desafios internacionais” entre os quais o “recrudescimento de ameaças à paz e segurança internacional” causados, entre outros, por “conflitos entre Estados, terrorismo e o efeito das mudanças climáticas”.
O Conselho de Segurança da ONU, criado para manter a paz e a segurança internacionais de acordo com os princípios das Nações Unidas, tem cinco membros permanentes – Estados Unidos de América, Rússia, França, Reino Unido e China – e 10 membros não-permanentes.
Todos os anos, a Assembleia-Geral elege cinco de um total de 10 membros não-permanentes, que nos termos de uma resolução da ONU são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa de Leste, dois da América Latina, dois da Europa Ocidental e outros Estados.