Amazónia volta a estar sob proteção

Área de desflorestação recente identificada na Reserva Extractiva Chico Mendes, Estado do Acre, Brasil
Área de desflorestação recente identificada na Reserva Extractiva Chico Mendes, Estado do Acre, Brasil Direitos de autor Eraldo Peres/AP
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De  Teresa Bizarro
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Lula reativou cooperação internacional para proteger a floresta e combater o desmatamento

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A imagem de Lula a subir a rampa do Palácio do Planalto de braço dado com representantes das minorias correu mundo. O novo presidente do Brasil quis dar corpo às mensagens de representatividade. No discurso da posse, voltou também a pôr a preservação da Amazónia no no topo da lista das prioridades.

Nossa meta é alcançar o desmatamento zero na Amazónia e a emissão zero de gases de efeito estufa na matriz energética.
Lula da Silva
Presidente do Brasil

Lula conta com Marina Silva para cumprir a promessa. A nova ministra do Ambiente e das Alterações Climáticas nasceu na Amazónia, esteve no governo de Lula em 2003 na mesma pasta, mas bateu com a porta no segundo mandato. Saiu em protesto contra os acordos que o então chefe de Estado fez com os grandes latifundios.

Voltou a estar ao lado do líder do Partido trabalhista nesta campanha. Juntos, na Cimeida da ONU sobre o Clima, começaram o trabalho de recnstruir as pontes com a comunidade internacional.

"O Brasil terá novamente o papel de protagonista que teve no passado em termos de clima, biodiversidade e enfrentamento das alterações climáticas," anunciou numa conferência de imprensa em Sharm El-Sheik, em novembro passado.

Apesar do fumo ainda pairar no horizonte, os primeiros resultados da mudança de política estão à vista.

O Fundo da Amazónia, congelado em 2019 por Jair Bolsonaro, foi já reativado e a Noruega, principal doador, manifestou-se empenhada na retoma das operações de proteção da floresta e revelou que o fundo tem ainda quase 600 milhões de euros nos cofres, por executar.

No primeiro semestre da presidência, Lula quer cumprir uma outra promessa de campanha e organizar uma cimeira com todos os países atravessados pela Amazónia. Os contactos com os oito países, incluindo Bolívia, Peru e Colômbia, começaram no primeiro dia da presidência.

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