Voluntários juntam-se para ajudar a reconstruir a Ucrânia da agressão do Kremlin

Os ucranianos mantêm-se firmes na resistência e na resiliência perante a agressão do Kremlin. Não só no combate aos invasores, mas também já na reconstrução do que tem sido destruído no país, há muitos civis a meter mãos à obra.
Na região de Zaporíjia, como por todas as zonas por onde passaram tropas invasoras ou onde têm caído as bombas de Vladimir Putin, desde 24 de fevereiro, há habitações destruídas já a ser reconstruidas. Mesmo quem não tem experiência na construção, aprende e a ajuda é bem vinda por quem anseia pela recuperação da casa destruída.
Os restauros estão a ser efetuados por um grupo que se autodefine como um batalhão voluntário. São mãos amigas para ajudar quem precisa. A frente de reconstrução é tão vasta quanto a destruição provocada pelas tropas às ordens do Kremlin.
Em Kharkiv, por exemplo, no nordeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, acaba de ser reconstruido um edifício para satisfação dos residentes, receosos pela eventualidade de terem de passar todo o inverno fora de casa.
Valentyna Popovichuk, uma das residentes, mostra-se feliz porque "as canalizações do aquecimento estão instaladas". "Os tubos do gás, os acessos verticais, os esgotos, é tudo novo. Tínhamos ficado sem nada disto", lembra Valentyna, reportando-se aos estragos provocados pelas forças russas.
A reconstrução da Ucrânia prossegue um pouco por toda a parte por onde passaram os invasores ou onde têm caído as bombas de Putin.
Ajudar a reconstruir é também uma terapia para ajudar os ucranianos a manter viva a esperança na vitória contra o opressor e no regresso ao caminho da liberdade iniciado com a "revolução de maidan" de 2014, em Kiev, que concretizou a vontade dos ucranianos em virar costas ao fantasma soviético em prol de um futuro na União Europeia. O que Putin não perdoou.
Leve os anos que levar, essa reconstrução vai prosseguir e dar frutos, confiam os ucranianos.