Ucrânia pede na ONU mais sanções à Rússia

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De  Euronews
Emine Dzhaparova, Ministra-adjunta dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, no Conselho de Segurança da ONU
Emine Dzhaparova, Ministra-adjunta dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, no Conselho de Segurança da ONU   -  Direitos de autor  Imagem retirada de vídeo AP

A Ucrânia pediu um reforço das sanções à Rússia, durante durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O apelo foi feito pela "número dois" dos Negócios Estrangeiros ucranianos, Emine Dzhaparova que, na sede da ONU, em Nova Iorque, disse não haver "lugar para concessões ao mal". 

Dzhaparova lembrou ainda os presentes de que "se a Ucrânia deixar de lutar, o mundo, como o conhecemos, morrerá", mas que "se a Rússia terminar a agressão, a guerra termina".

As palavras da ministra-adjunta encontraram, como seria de esperar, oposição na Federação Rússia. Vasily Nebenzyaque, representante permanente de Moscovo na ONU, alegou que o objetivo do Kremlin é "assegurar que nenhuma ameaça possa emanar do território ucraniano para a Rússia e que a discriminação da população falante de língua russa termine".

Sem assumir o apoio a Moscovo, também a China defende haver "desequilíbrios de segurança de longa data na Europa" e que esses desequilíbrios precisam de "uma solução política".. Pequim  criticou ainda o envio de armas por parte do Ocidente para a Ucrânia e a rejeição de Kiev do cessar-fogo proposto por Vladimir Putin durante a celebração do Natal ortodoxo. 

"Todas as guerras terminam, e o mesmo acontecerá com esta"

A aproximar-se do primeiro aniversário, a guerra na Ucrânia já matou mais de 18 mil civis e obrigou cerca de14 milhões de ucranianos a fugir. Os números, divulgados, esta sexta-feira, pelas Nações Unidas Conselho de Segurança da ONU, estão, no entanto, muito provavelmente abaixo do que o que se verifica na realidade.

As Nações Unidas, através da sua subsecretária-geral para Assuntos Políticos e de Construção da Paz, Rosemary DiCarlo, reconheceram ainda não haver quaisquer sinais de uma aproximação do fim do conflito, nem espaço para diálogo, nesta guerra, que, apesar de tudo, - defendeu a dirigente - terá um fim..

"Não há sinais de um fim do conflito. A lógica que prevalece é uma lógica militar, com muito pouco, ou nenhum espaço para o diálogo, neste momento. Mas todas as guerras terminam, e o mesmo acontecerá com esta".