Adolescente de 13 anos abre fogo em Jerusalém

Forças de segurança israelita vigiam local de tiroteio deste sábado, em Jerusalém
Forças de segurança israelita vigiam local de tiroteio deste sábado, em Jerusalém Direitos de autor Mahmoud Illean/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Mahmoud Illean/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Jovem fez dois feridos, acabando por ser imobilizado a tiro pela polícia e levado para o hospital

PUBLICIDADE

Um adolescente de 13 anos protagonizou este sábado mais um ataque em Jerusalém. De acordo com as autoridades israelitas, o jovem feriu duas pessoas, pai e filho, com uma arma de fogo. O menor acabou por ser imobilizado a tiro pela polícia e levado para o hospital.

O porta-voz da polícia de Israel disse que as as autoridades do país não vão permitir que organizações terroristas tirem partido das crianças e dos jovens. Para Dean Elsdunne, os últimos ataques representam um "aumento significativo do nível de terror" e vão ter uma "resposta em conformidade" da parte da polícia: forte, com determinação e profissionalismo.

O ataque aconteceu pouco depois da detenção de 42 suspeitos de envolvimento num outro tiroteio, esta sexta-feira, junto a uma sinagoga no leste da cidade, na sequência do qual morreram sete pessoas e outras 10 ficaram feridas. 

A polícia abateu no local o atirador, identificado pelas autoridades como um palestiniano de 21 anos.

No ano passado, mais de 150 pessoas foram mortas pelas forças israelitas na Cisjordânia, incluindo 30 crianças, o número mais elevado desde o final da segunda Intifada em 2005
Josep Borrell
Chefe da diplomacia da União Europeia

União Europeia condena violência

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou a Israel para que usasse a força letal apenas como "último recurso", condenando simultaneamente os ataques cometidos pelos palestinianos na sexta-feira e no sábado.

Numa declaração, onde defendeu o regresso às negociações de paz, Borrell afirmou que "a União Europeia reconhece plenamente as legítimas preocupações de segurança de Israel, ainda mais justificadas pelos últimos ataques terroristas, mas deve salientar-se que a força letal só deve ser utilizada como último recurso, quando é estritamente inevitável para proteger a vida".

Tensões diplomáticas agravam-se

Aos israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apelou à calma e a que deixem o cumprimento da lei para as forças de segurança.

As circunstâncias colocaram a visita de Antony Blinken a Jerusalém e Ramallah no centro das tensões diplomáticas. O secretário de Estado norte-americano é esperado nas duas cidades na próxima semana, naquela que será a sua primeira visita a Israel depois de o governo de extrema-direita e ultra-ortodoxo de Netanyahu ter assumido o poder.

O desafio só aumentou com o mais recente tiroteio e os respetivos festejos na Cisjordânia.

Os palestinianos celebraram, durante a noite,aquela que consideram ter sido a resposta adequada ao raide do exército israelita, num campo da Cisjordânia ocupada, esta quarta-feira. de onde resultaram pelo menos nove mortos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Autoridade Palestiniana acusa Israel de "massacre"

Jornalista morta a tiro na Cisjordânia

Altos comandantes militares iranianos anunciam que operação contra Israel "foi concluída"