Do queijo à carne e ao pimentão, as delícias da Extremadura

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De  Cristina Giner
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Here we Grow viaja por esta região de Espanha em busca de sabores que prometem despertar todos os sentidos.

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A Extremadura é uma região agrícola com biodiversidade, onde tradição e sustentabilidade se fundem para produzir tesouros culinários emblemáticos de Espanha.

Pimentão de La Vera

Viajamos por esta região no oeste de Espanha para visitar a zona de La Vera, berço do pimentão espanhol, Cáceres, onde se produz o queijo cremoso “Torta del Casar” e La Serena, em Badajoz, para conhecer a criação de ovelhas.

Os europeus trouxeram pimentão vermelho para Espanha das Américas no século XV e os monges começaram a cultivá-la aqui. O método de secagem tradicional foi mantido vivo desde então.

A técnica de fumagem e o tipo de madeira são essenciais para obter a marca de qualidade Denominação de Origem Pimentón de La Vera.

Eles são revirados todos os dias, antes de entrarem no moinho para se tornarem num pó vermelho mais fino.

Mayte Hernández, gerente da empresa La Dalia, pertence à quarta geração de fabricantes de pimentão: "Uma vez que chegam à fábrica, passam pelos diferentes processos de moagem. Esta é a primeira etapa, que é uma moagem mínima, e depois passa pelo moinho mais 3 vezes. É um moinho de pedra, que tira o óleo e o sumo das sementes”, explica.

Um tempero gourmet com aroma, sabor e cor distintos. O fumado eleva a essência dos mais diversos pratos. Existem três variedades de pimentão de La Vera: doce, agridoce e picante. 

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Fumagem do pimentãoEuronews

Queijo de ovelha amanteigado

Perto da cidade histórica de Cáceres, encontramos um excelente artesão queijeiro que tem a sua própria quinta de ovelhas para fornecer o melhor leite e fazer um famoso queijo regional - Torta del Casar.

Diz a lenda que se originou como um "erro". Os queijeiros procuravam criar queijos duros, mas alguns nunca solidificaram totalmente. O que há de especial neste processo é que é feito com coalho de cardo.

Explica o queijeiro, Marco Aurelio Luceño: "Uma das principais características é o coalho, chama-se Cynara Cardunculus, os pistilos são retirados e macerados no dia anterior, com esta maceração obtemos um líquido que adicionamos ao leite, esse líquido é o que torna o queijo cremoso e proteolítico".

Os queijeiros guardavam para si as tortas “macias”, até que o segredo foi revelado. Hoje, o queijo ainda é feito por métodos artesanais.

O queijo é curado durante pelo menos dois meses. O resultado é um queijo magnífico mas pouco conhecido. Excelente para aperitivo, cada vez mais chefs o utilizam para dar um toque especial aos pratos.

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Queijo "Torta del Casar"Euronews

Carne de borrego

Mas as ovelhas não dão apenas excelentes queijos. Estamos nos pastos enevoados da Extremadura, onde se criam as ovelhas da raça Merino. O abundante orvalho dos dias de nevoeiro proporciona pastagens verdejantes e exuberantes.

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Pasto de ovelhas, perto de BadajozEuronews

"Estes animais alimentam-se exclusivamente da pastagem, por isso é sustentável, mantém o ecossistema tal como o conhecemos, para além de produzir carne de elevada qualidade como o borrego. A alimentação baseada exclusivamente no leite materno faz com que a carne dos cordeiros tenha características especiais e diferentes em termos de maciez, suculência e todas as características organoléticas", explica Raúl Muñiz, gerente da IGP CORDEREX.

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