Ucrânia critica "relutância" do Ocidente na entrega de equipamento militar

Leste da Ucrânia é palco de violentos combates por território
Leste da Ucrânia é palco de violentos combates por território Direitos de autor LIBKOS/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Kiev espera uma grande ofensiva russa em fevereiro, mês en que se vai assinalar um ano de guerra na Ucrânia.

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No leste da Ucrânia, a região de Donetsk viveu um domingo “sanguinário”.  A descrição, feita pelo líder dos mercenários que através do grupo Wagner combatem pela Rússia, traduz o cenário na linha da frente de combate em Bakhmut, cidade que as tropas russas tentam tomar há meses. Também nas cidades de Vuhledar e Lyman se registam confrontos violentos.

As tropas ucranianas, reconhece Yevgeny Prigozhin, não retiram. Mas a situação pode em breve ficar pior para Kiev se o tão aguardado armamento do Ocidente não chegar.

Os atrasos nas ajudas foram criticados pelo ministro ucraniano da Defesa,Oleksiy Reznikov, que afirmou que a "procrastinação, ou relutância" na entrega de equipamento militar à Ucrânia vão "custar mais vidas, mais sangue de ucranianos".

Reznikovgarantiu que a Ucrânia não vai usar as armas de longo alcance prometidas pelos Estados Unidos para atacar a Rússia. Os alvos, assegura, serão apenas “unidades russas em território ucraniano ocupado”.

Mas, mesmo que o armamento recentemente prometido pelo Ocidente não chegue a tempo, Kiev diz ter as reservas necessárias para fazer frente a Moscovo. 

A Ucrânia espera uma grande ofensiva russa ainda em fevereiro, como parte de um ataque simbólico para marcar um ano de guerra.

Escândalo de corrupção abala ministério da Defesa

As declarações do ministro da Defesa foram feitas poucas horas depois de rumores darem conta da sua possível saída do governo. 

Recentemente, o ministério da Defesa ucraniano viu-se envolvimento num escândalo de corrupção ao ter autorizado o abastecimento do exército com preços inflacionados, chegando a atingir o triplo do valor de mercado. O caso levou já a vários despedimentos.

O ministro desmentiu, no entanto, os rumores relegando a decisão do seu afastamento para o presidente Volodymyr Zelenskyy.

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