Macron declara o "fim da abundância" de água e defende racionamento

Presidente francês Emmanuel Macron encontra-se com agricultores durante visita ao Salão da Agricultura durante o dia de abertura em Paris, sábado, 25 de fevereiro, 2023
Presidente francês Emmanuel Macron encontra-se com agricultores durante visita ao Salão da Agricultura durante o dia de abertura em Paris, sábado, 25 de fevereiro, 2023 Direitos de autor Aurelien Morissard/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Presidente francês manifestou-se na abertura do 59º Salão da Agricultura em Paris numa altura em que o país atravessa uma seca extrema em várias regiões

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Emmanuel Macron diz que a "era da abundância" de água chegou ao fim e que é preciso cortar excessos.

O presidente francês inaugurou, este sábado, o 59º Salão da Agricultura em Paris. Perante os agricultores, defendeu um plano de racionamento de água, como existe para a energia por causa da guerra na Ucrânia.

Macron alertou, ainda, que a água é um bem cada vez mais escasso, numa altura em o país atravessa um período de seca extrema em algumas regiões.

"O país precisa de fazer em relação à água o que se fez no campo da energia: uma espécie de plano de sobriedade. Todos nós — cidadãos, industriais, serviços, coletividades locais e agricultores — devemos estar atentos a este recurso cada vez mais escasso. Disse isso no final do verão. É o fim da abundância. Por isso, temos de adotar a sobriedade nas nossas práticas."
Emmanuel Macron
Presidente de França

Declarado o fim da abundância de água, o presidente francês insistiu que este é um problema que deve deixar todos em estado de alerta.

Macron apelou ainda aos distribuidores do setor alimentar para cortarem nas margens de lucro de forma a baixar os preços dos produtos alimentares e a travar a inflação galopante.

Aos países da América Latina, o presidente francês disse que um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul "não será possível" se não se respeitarem as mesmas regras sanitárias.

Em 2019 alcançou-se um acordo entre os dois blocos, após mais de duas décadas de negociações, mas o documento ainda não foi ratificado.

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