Megaoperação de transferência de prisioneiros em El Salvador

Centro de Confinamento do Terrorismo, nos arredores da cidade de Tecoluca, 74 km a sudeste de San Salvador
Centro de Confinamento do Terrorismo, nos arredores da cidade de Tecoluca, 74 km a sudeste de San Salvador Direitos de autor Michael Macor/San Francisco Chronicle
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El Salvador transferiu numa noite dois mil prisioneiros, na maioria membros de gangues, para o novo Centro de Confinamento do Terrorismo

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 O governo de El Salvador realizou uma mega operação de transferência de prisioneiros.

2.000 membros de gangues foram transferidos para o Centro de Confinamento do Terrorismo, uma nova infraestrutura concebida para albergar 40.000 criminosos, que foi recentemente inaugurada pelo presidente, Nayib Bukele.

Desde março de 2021 que Bukele está a travar uma "guerra" contra grupos do crime organizado.

A gigantesca prisão tem sido alvo de duras críticas por alegadas violações dos direitos humanos e violação das normas internacionais. Tem pavilhões de confinamento com cabines metálicas e "celas de punição".

Construída num vale rural, nos arredores da cidade de Tecoluca, 74 km a sudeste de San Salvador, a enorme prisão está equipada com vigilância de alta tecnologia e tem controlo muito rigorosos de entrada.

O presidente anunciou a operação no Twitter, escrevendo: "Hoje ao amanhecer, numa única operação, transferimos os primeiros 2.000 membros de gangues para o Centro de Contenção do Terrorismo (CECOT). Esta será a nova casa onde viverão juntos, sem poderem causar mais danos às populações".

No vídeo da partilha veem-se muitos prisioneiros com tatuagens nos corpos, sinal da sua pertença aos dois principais bandos da Mara Salvatrucha (MS-13) e do Barrio 18.

Apesar das críticas das ONG de direitos humanos pelos abusos cometidos, a "guerra contra o crime" conquistou uma popularidade esmagadora para o presidente Bukele.

De acordo com os números oficiais, e sob regime de exceção, já foram detidas em El Salvador mais de 64 mil pessoas, desde março de 2022.

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