Cerca de 60 migrantes morrem em naufrágio ao largo da costa italiana

Entre as vítimas mortais está um recém-nascido
Entre as vítimas mortais está um recém-nascido Direitos de autor Giuseppe Pipita/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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A Guarda Costeira italiana diz que se encontraram pelo menos 80 pessoas com vida

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Pelo menos 59 migrantes morreram num naufrágio ao largo da costa da Calábria, no sul de Itália, este domingo.

Entre as vítimas mortais está um recém-nascido.

Os sobreviventes falam em cerca de 150 pessoas a bordo da embarcação naufragada. A Guarda Costeira italiana diz que se encontraram pelo menos 80 pessoas com vida.

Duas dezenas foram encaminhadas para o hospital para receber apoio médico.

Segundo a Rai News, o barco partiu-se em dois. Terá acontecido depois de, de acordo com algumas fontes, a embarcação ter embatido em rochas, devido ao mau tempo.

O autarca de Cutro, Antonio Ceraso, não escondeu a desolação com o naufrágio: “foi uma tragédia ver, esta manhã, as cenas de corpos de crianças devolvidos pelo mar. Cadáveres. Foram cenas angustiantes.”

Rosario Morrone, pároco de Botricello, acrescentou: "encontraram dois corpos também na praia onde fica a minha paróquia. Dei-lhes a bênção, mas enquanto o fazia, pensei para mim mesmo: por que é que temos de chegar sempre após a morte? Deveríamos chegar antes da morte.”

O barco terá partido da Turquia, há quatro dias, com cidadãos iranianos, paquistaneses, somalis e afegãos a bordo.

De acordo com a imprensa italiana foi detido um cidadão turco, suspeito de tráfico humano.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, lamentou a tragédia, mas reiterou o compromisso de prevenir estas travessias e com elas as tragédias às portas do país.

O Parlamento italiano acaba de aprovar uma polémica lei que torna mais rígidas as regras para este tipo de resgates. Força os barcos de salvamento a fazer uma só operação de resgate por missão, o que poderá agravar, e muito, o número de mortes no mar Mediterrâneo.

Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, insistiu que é preciso "redobrar os esforços relativamente ao Pacto em matéria de Migração e Asilo" e em relação ao "Plano de Ação para o Mediterrâneo Central."

Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse, através da rede social Twitter, que "cada pessoa que procura uma vida melhor tem o direito à segurança e à dignidade."

Guterres também exigiu corredores "seguros e legais para os migrantes e refugiados."

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