Grécia em estado de choque após o trágico acidente ferroviário

Equipas de resgate no meio dos escombros dos comboios que colidiram na região de Larissa, na Grécia
Equipas de resgate no meio dos escombros dos comboios que colidiram na região de Larissa, na Grécia Direitos de autor Giannis Papanikos/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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Choque e consternação na Grécia, após os trágico acidente em que morreram mais de quatro dezenas de pessoas, na maioria estudantes universitários

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Horas após o acidente ferroviário fatal em que pelo menos 43 pessoas morreram, a cidade grega de Larissa continua em estado de choque.

Este foi o pior acidente ferroviário ocorrido na Grécia.

Fora da estação de comboios da cidade, a data da tragédia está "escrita" no pavimento em memória daqueles que morreram; na maioria, estudantes universitários.

Alexandros Gogas é também estudante universitário e utiliza com frequência esta linha férrea.

"Poderíamos muito bem estar no lugar deles, pois a maioria dos estudantes vem do norte da Grécia e utiliza este comboio e este itinerário frequentemente, quer para curtas ou longas distâncias. É pura sorte que não estejamos no lugar deles", afirma.

Muitos sentem-se irritados com os erros e omissões das autoridades que levaram à tragédia

O funcionário municipal, Thanasis Konstantakos, diz, revoltado: "O que aconteceu hoje não foi um acidente. Utilizamos esta linha frequentemente, houve inúmeros casos de atrasos ou problemas com as linhas ou linhas de via única. Este acidente aconteceu porque não foi a primeira vez que houve uma linha única. Não é que algo tenha acontecido hoje pela primeira vez. Aconteceu inúmeras vezes".

O ambiente é pesado no Hospital Geral de Larissa, onde os familiares se reúnem para identificar os corpos dos seus entes queridos. Os voluntários da Cruz Vermelha oferecem o seu apoio.

Elisavet Karanika, chefe do Departamento Regional da Cruz Vermelha, comenta: "A maioria das pessoas ainda tem esperança, porque a esperança é a última a morrer. Não posso dizer nada aos pais que procuram os seus filhos, não me cabe a mim dizer-lhes nada, apenas o consolo. Uma boa conversa, uma mão no ombro, um sumo de laranja, é só isso".

O repórter da Euronews, Apóstolos Staikos, testemunhou o ambiente no Hospital de Larissa.

"Familiares das vítimas vindos de muitas regiões do país chegaram ao Hospital Geral de Larissa. Aqui é-lhes pedido que forneçam uma amostra de ADN, uma vez que esta é a única forma de completar o processo de identificação dos corpos. Psicólogos e assistentes sociais estão constantemente ao seu lado.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, expressou, através do Twitter, condolências às famílias das vítimas e ao país.

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