Há 10 anos começava uma "pequena grande revolução" na Igreja Católica

Retrato do Papa Francisco nas celebrações dos 10 anos do seu papado, na Argentina
Retrato do Papa Francisco nas celebrações dos 10 anos do seu papado, na Argentina Direitos de autor Natacha Pisarenko/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Giorgia OrlandiEuronews
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Há 10 anos começava uma pequena grande "revolução" na Igreja Católica, com a chegada do Papa Francisco

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Há 10 anos começava o pontificado do Papa Francisco, nome escolhido em homenagem a São Francisco de Assis. 

Jorge Mario Bergoglio, nome de nascença, tornou-se no primeiro Sumo Pontífice da Igreja Católica oriundo da América Latina e, na bagagem, carrega já 10 anos marcados por mudanças importantes, desafios ainda maiores e ventos que nem sempre são favoráveis.

Assistimos à maior redistribuição de poder entre cidades, nações e continentes, da história contemporânea da Igreja Católica.
Piero Schiavazzi
Professor de Geopolítica na Universidade de Roma

Mas o  "verdadeiro poder", explicava este perito, "reside no colégio de 120 cardeais" que elegem o novo Papa e o peso geopolítico do Ocidente tem vindo a diminuir enquanto o do Oriente tem aumentado "exponencialmente”. 

Franca Giansoldati lançou, recentemente, um livro que escreveu com o Cardeal Muller, um crítico aberto do Papa.Na ala conservadora da Cúria Romana muitos são os que criticam o Papa Francisco.

Na Igreja sempre existiu esquerda e direita, conservadores e progressistas. Mas chegou-se sempre a um compromisso (...) que, de alguma forma, conseguia manter tudo controlado. Mas para os conservadores, o Papa Francisco não tem seguido este «modus operandi».
Franca Giansoldati
Correspondente do “Il Messaggero” no Vaticano

Criticismo que se tem intensificado desde a morte do Papa emérito Bento XVI, ao mesmo tempo que cresciam os rumores sobre uma possível demissão. Mas Franca Giansoldati não acredita que isso aconteça. Para ela, “Francisco não tem intenção de demitir-se", aliás Muller, no livro que escreveram, "salienta que as demissões não são uma coisa positiva para a unidade da Igreja. Ele próprio, e apesar de ser crítico do Papa Francisco, não quer que ele se demita”, explicava a jornalista.

Já Giorgia Orlandi, correspondente da Euronews, referia que o"Papa Francisco teve de liderar a Igreja em alguns dos momentos mais sombrios do nosso tempo". Por um lado a pandemia de Covid-19, por outro a guerra na Ucrânia e "fez inúmeros apelos, condenou o conflito e manifestou interesse em visitar tanto a Ucrânia como a Rússia, como parte dos esforços da Santa Sé para pôr fim ao conflito".

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