Bombardeamento mata em Kramatorsk e Zelenskyy define estatuto de Bakhmut

Polícia ucraniano auxilia uma mulher ferida após o bombardamento russo em Kramatorsk
Polícia ucraniano auxilia uma mulher ferida após o bombardamento russo em Kramatorsk Direitos de autor Sergey SHESTAK / AFP
De  Francisco Marques
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Artilharia russa volta a atingir estruturas civis na agora cidade sede ucraniana no oblast de Donetsk. Rússia dá nova ordem às fábricas de armamento

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O centro da cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, foi bombardeado esta terça-feira de manhã pelas forças russas, que tentam desgastar a resistência ucraniana e conquistar terreno.

Pelo menos uma pessoa morreu e sete ficaram feridas. Nove edifícios ficaram danificados, incluindo um infantário, detalhou Pavlo Kyrylenko, o governador militar ucraniano da região de Donetsk.

Kramatorsk fica situada a noroeste do oblast de Donetsk, que a Rússia decretou unilateralmente em setembro como parte do respetivo território.

Após a tomada da capital daquela região pelas forças afetas ao Kremlin em 2014, o centro administrativo ucraniano daquele oblast passou a ser Kramatorsk, a cidade onde em abril do ano passado um míssil russo matou mais de 50 civis que esperavam na estação de comboios para fugir da guerra.

Ao mesmo tempo que a artilharia russa de longo alcance continua a fazer disparar os alarmes de ataques aéreos em diversas cidades da Ucrânia e a atingir mesmo algumas, Bakhmut, onde os combates no terreno têm sido dos mais ferozes destas últimas semanas, voltou a ser considerada essencial.

O Presidente da Ucrânia debateu com as chefias militares a situação difícil que se vive naquela cidade praticamente destruída, que fica a leste de Kramatorsk. Volodymyr Zelenskyy considerou Bakhmut peça chave para a estabilidade na linha da frente da reconquista ucraniana.

Na Rússia, entretanto, o ministro da Defesa esteve numa fábrica de armamento nos arredores de Moscovo e ordenou a duplicação do volume de produção de mísseis de alta precisão, numa aparente resposta aos relatos no ocidente de que a Rússia está a sofrer de escassez de armamento para manter o que continua a definir como uma "operação militar especial" na Ucrânia.

Outras fontes • Tass, Interfax, AFP, AP

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