Cubanos chamados a eleger Assembleia Nacional com participação em queda

Eleitor com camisola ilustrada com imagem de "Che" Guevara exerce o direito de voto
Eleitor com camisola ilustrada com imagem de "Che" Guevara exerce o direito de voto Direitos de autor AP Photo/Ramon Espinosa
De  Francisco Marques
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Três ONG denunciam irregularidades eleitorais em Cuba, incluindo "coação" e "repressão", na tentativa de influenciar os eleitores

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Os cubanos foram chamados às urnas este domingo para eleger uma nova Assembleia Nacional, mas os números da abstenção ameaçam ser os maiores desde o triunfo da revolução em Cuba, em 1959.

Até às 17 horas, de acordo com os números oficiais, tinham votado 70,3% dos eleitores, menos 8% do que no sufrágio parlamentar anterior, em 2018, à mesma hora.

Há 470 assentos por preencher no Parlamento cubano para um período de cinco anos, mas não houve candidatos da oposição ao Partido Comunista de Cuba, o único legal na ilha caribenha.

Os primeiros resultados são esperados durante esta segunda-feira, numas eleições que também não tiveram observadores internacionais, mas pelo menos três ONG de observação independente, citadas pela agência EFE, qualificam este sufrágio como "o mais irregular" desde 1976.

Num comunicado conjunto, a Observadores de Direitos Eleitorais, a Comissão Cubana de Defesa Eleitoral e a Cidadãos Observadores do Processo Eleitoral referem "anomalias" da lei eleitoral, o em,prego de táticas de "coação" e ações de "repressão" contra ativistas e observadores independentes.

As três organização não governamentais, que asseguram ter experiência de observação de atos eleitorais dentro e fora de Cuba, defendem que estas práticas contribuem para a "sensação dos cidadãos, que começa a florescer, de que os números oficiais de participação não estão de acordo com o comportamento real do eleitorado".

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