Nesta edição do Business Line, o barómetro global de negócios, destaque para reportagens sobre as viagens espaciais, as campanhas de marketing na era digital e os conflitos comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia.
Viagens Espaciais
A Virgin Galactic está perto de tornar-se na primeira companhia comercial do mundo de viagens espaciais. Centenas de fãs, incluindo celebridades como Leonardo DiCaprio e Justin Bieber já reservaram lugares no foguetão.
O dono da Virgin, Richard Branson, acredita que o preço astronómico da viagem espacial está em trajetória descendente.
_"Daqui a 20 anos o preço vai descer. Ainda vai ser muito caro mas vai rondar, eu diria, os 30 mil euros. Neste momento há pessoas dispostas a pagar um milhão de dólares para viajar e temos alguns lugares com esses preços". _
Para o jornalista Jim Clash, a emoção vale a pena. Já fez um depósito para se juntar a Leonardo Dicaprio e Justin Bieber na lista de espera para um voo de 90 minutos para o espaço. Vai experimentar alguns minutos de ausência de gravidade e ver a curvatura da Terra.
_"Eu já passei pela maioria das aventuras terrestres possíveis. Então, o próximo passo é o espaço. São apenas cinco minutos no espaço ou menos. Espero sentir a ausência de peso e aproveitar. Porque, na verdade vou gastar 40 mil dólares por minuto para estar lá em cima".
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A chefe dos instrutores de astronautas da Virgin Galactic, Beth Moses, vai treinar os clientes também conhecidos como "futuros astronautas" antes da descolagem. Ela voou até ao limite do espaço a bordo do foguetão da empresa em fevereiro. Foi o primeiro teste de passageiro.
"Toda a experiencia, desde a descolagem até à aterragem, é extremamente intensa, é maravilhosa. Talvez ainda mais do que eu tinha imaginado. Sabe, a terra era tão, tão nítida e bonita, muito mais do que eu estava à espera. E a viagem não pára de surpreender. As pessoas tinham-me dito que seria assim, mas é preciso passar por isto para ter noção do que realmente acontece".
A Virgin não é a única empresa comercial de voos espaciais. A "SpaceX", de Elon Musk e a “Blue Origin" do fundador da Amazon, Jeff Bezos, também estão na corrida.
Em 2019 assinala-se o 50º aniversário da primeira viagem do homem à Lua. A primeira empresa que conseguir comercializar as viagens espaciais vai criar uma nova fronteira.
Festival Internacional de Criatividade
Os promotores da área da comunicação e publicidade reuniram-se, esta primavera, no Dubai. Rebecca McLaughlin-Eastham, jornalista da euronews, juntou-se a eles no Festival Internacional de Criatividade - Dubai Lynx 2019 para descobrir como a geração Milénio está a inovar o espaço publicitário e a rejeitar o marketing convencional.
De acordo com os especialistas, as marcas estão a ser forçadas a diversificar as campanhas publicitárias para chegar aos consumidores, com uma mistura de abordagens: publicidade digital, vídeo e redes sociais, para além dos meios de comunicação tradicionais como os jornais, as televisões e a rádio.
Este ano, o digital ultrapassou os media impressos. Neste momento é a categoria que mais cresce. Pela primeira vez, o investimento em publicidade nas redes sociais deve chegar aos 50 mil milhões de dólares.
Executivos de empresas como o Twitter - onde quase 80% das pessoas seguem marcas- dizem que o Médio Oriente é uma das regiões onde a expansão é mais rápida, do ponto de vista do anunciante e da receita.
Alex Josephson é responsável pela gestão de marca do Twitter:
_"Vemos marcas a aparecer na plataforma em todos os setores: desde o automóvel, passando pelas telecomunicações, até aos serviços financeiros. E as marcas estão utilizar a plataforma para interagir com o público. Utilizam a nossa estratégia para divulgar os seus conteúdos. Muitas vezes começam no Twitter e continuam noutras plataformas".
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A geração Milénio continua a agitar de forma positiva o espaço publicitário global, mas o marketing convencional não é a prioridade.
Guerra comercial entre EUA e UE
A União Europeia e os Estados Unidos estão perto de mais uma batalha comercial. O conflito começou há 14 anos, com os dois lados a denunciarem ajudas governamentais ilegais à Airbus e à Boeing.
No Twitter, Donald Trump avançou a possibilidade de impor tarifas sobre cerca de 10 mil milhões de dólares de bens importados da Europa, como helicópteros de passageiros, queijos e vinhos.
A Comissão Europeia reagiu rapidamente. Aviões norte-americanos, ketchup, malas e cigarros poderão ser sujeitos, em breve, aos novos direitos aduaneiros da UE.
William O'Neil, vice-presidente da RANDY WATTS, considera que " se começar a haver uma série de novas tarifas com vários parceiros comerciais, o mercado vai ficar nervoso, porque não sabe o que vem a seguir".
Cecília Malmström, comissária europeia do comércio, garante que Bruxelas está pronta para avançar com negociações "imitadas mas ainda assim significativas e vantajosas para todos".