Moda inteligente em voga em Berlim

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A moda inteligente está em destaque na Semana da Moda de Berlim. Conceitos visionários para alguns, uma oportunidade de negócio para outros. Muitas empresas já entraram no mercado de tecnologia vestível. Mas os custos associados ao desenvolvimento de novos materiais a incorporar nos tecidos continuam a deixar muitas companhias de fora.

A curadora Lisa Lang defende que unir forças é a melhor forma de ultrapassar os obstáculos. “O mais interessante no design de moda é o facto de poder contar uma história. Há um poder emocional. E o melhor da tecnologia é que não há impossíveis. O que quer construir? Que funções quer ter? Se as pessoas estiverem sozinhas não têm recursos para as novas cadeias de produção, mas juntas tudo é possível.”

Um caminho que Alemanha deve seguir para não perder o comboio da competitividade. “A Alemanha tem todos os elementos. Temos uma vasta experiência nas áreas do design têxtil e da microeletrónica. Mas ainda não conseguimos juntar os dois. Penso que este é o momento para o fazer, de juntos moldarmos essas novas formas de interação. Precisamos realmente de avançar porque a concorrência não dorme e as criações não param no Silicon Valley. A Alemanha tem mesmo de seguir em frente” sustenta Gesche Joost professora na Universidade de Berlim.

Unir a moda e a tecnologia é o objetivo do concurso de ideias Fashion Fusion que visa incentivar a criatividade e a colaboração num mercado em mudança. As inscrições estão abertas até final de julho. A equipa vencedora recebe um prémio no valor de 20 mil euros e a possibilidade de desenvolver uma coleção a apresentar na Semana da Moda de Berlim no próximo ano.

A alemã Anja Gockel assinalou os 20 anos da marca que criou na Semana da Moda de Berlim. Os tecidos leves dominaram a coleção primavera/verão 2017. Uma coleção pautada por linhas simples e por um ligeiro toque político.

Gockel já vestiu várias celebridades alemãs. Na lista de clientes internacionais está rainha Sílvia da Suécia.