"Queens of Syria", uma peça interpretada por personagens reais

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De  Euronews
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Não são atrizes profissionais.

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Não são atrizes profissionais. São verdadeiras refugiadas a quem foi dada a oportunidade de contar a própria história de vida em palcos de várias cidades do Reino Unido. “Queens of Syria”, as rainhas da Síria é uma adaptação da obra “As Troianas” de Euripides.

Um trabalho da jornalista e cineasta Charlotte Eager, que explica que ““As Troianas” é uma peça sobre a guerra e sobre refugiadas. Todas os homens morreram e as mulheres estão presas à espera num campo de refugiados até descobrir o seu destino, vão ser vendidas como escravas. Por isso pensámos em fazer esta peça. Mas a grande questão deste projeto, a questão chave é que esta não é apenas uma interpretação terapêutica para o elenco, serve também de sensibilização para a crise de refugiados da Síria como um todo”.

O papel principal é desempenhado por Reem. Uma jovem mulher que estava a meio de uma licenciatura em engenharia, na Universidade de Damasco quando a guerra rebentou. Acabou por fugir da Síria para um campo de refugiados na Jordânia. “Perdi a minha educação, a casa, o bairro, a minha Síria. Mas este papel deu-me oportunidade para fazer algo. No início foi estranho mas depois percebemos o objetivo , percebi que era uma oportunidade para contar de forma livre nossa história”, garante Reem.

O “Queens of Syria” é encenado por Zoe Lafferty que se mostrou muito impressionada pelo profissionalismo deste elenco amador. “São muito articuladas, muito inteligentes, muito envolvidas politicamente, sabem o que querem dizer, sabem do que querem falar e fazem-no de forma subtil. Falam das suas experiências do passado na Síria, mas também acabam por explorar-se enquanto pessoas. Quem eram antes de se tornarem refugiadas, antes de passar pela guerra, para além do que esperam do futuro”, sublinha Zoe Lafferty.

“Queens of Syria” estrou no Teatro Young Vic em Londres no dia 5 julho. Vai passar pelas cidades de Oxford, Brighton, Liverpool, Leeds, Edinburgh e Durham antes de voltar a Londres no dia 24 de julho. Este projeto vai também dar origem a documentário.

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