Wim Wenders: "Cannes mudou com o #MeToo e o conflito com o Netflix"

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De  Ricardo Figueira
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O realizador alemão, multi-premiado no festival de Cannes, fala sobre o que mudou na edição deste ano.

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Desde há sensivelmente 50 anos, é uma presença assídua no festival de Cannes. Já foi presidente do júri, já teve nove filmes em competição e venceu a Palma de Ouro em 1984 com "Paris, Texas". Wim Wenders está também presente este ano, numa edição especial. É a primeira desde o rebentamento do escândalo Harvey Weinstein e do movimento #MeToo. Foi também o primeiro desde o conflito entre a indústria cinematográfica e o Netflix.

"É um clima diferente, A ausência do Netflix nota-se e o conflito com esta plataforma é palpável. O #MeToo está muito presente e ainda bem. Muitos filmes falam de temas reais, de conflitos reais. Por isso, sinto que é um festival mais sério do que nunca, mas também um ponto de viragem. Os alicerces do cinema estão doentes. Não é só o conflito com o Netflix. As distribuidoras lutam pela sobrevivência. O cinema está a passar por grandes mudanças, vamos ver que rumo segue no próximo ano", conta o realizador.

Wim Wenders está em Cannes para apresentar um documentário sobre o Papa Francisco
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