Bienal de Lyon, a metamorfose da arte e do espaço

Bienal de Lyon, a metamorfose da arte e do espaço
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É um dos principais eventos de arte contemporânea da Europa, nesta 15ª edição, mudou-se para território desconhecido - o evento acontece nos 29.000 metros quadrados da antiga fábrica da Fagor-Brandt

É um dos principais eventos de arte contemporânea da Europa: a Bienal de Lyon mudou-se para território desconhecido nesta 15ª edição - o evento acontece nos 29.000 metros quadrados da antiga fábrica da Fagor-Brandt.

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A equipa de Palais de Tokyo, em Paris, é a curadora deste ano.

Vittoria Matarrese, curadora do Palais de Tokyo, contou à euronews como surgiu a inspiração.

"Queríamos criar uma experiência, mas para isso começamos por imaginar uma paisagem - não apenas natural, mas económica, social, histórica, política, bacteriológica, indo do mais pequeno ao mais cosmogónico.”, disse Vittoria Matarrese.

Design modernista, glam rock e humor, todos em simbiose no 'Design Room'.

Jakob Lena Knebl e Ashley Hans Scheirl, dois dos muitos artistas que participam nesta Bienal, contaram-nos alguns detalhes da obra que instalaram no evento deste ano.

"Gosto de usar a fórmula transmédia e transgénero, porque também eu sou transgénero e, nas minhas pinturas, tento sempre misturar os diferentes géneros e as diferentes mensagens", explica Ashley Hans Scheirl.

A dupla também explora o lado sombrio da gentrificação. "Acho que precisamos de uma ordem completamente nova na sociedade. Talvez estejamos num abismo.", diz o companheiro de obra, Jakob Lena Knebl.

akob Lena Knebl e Ashley Hans Scheirl

Prometheus Delivered

É uma obra que casa a ciência com a arte. Prometheus Delivered é uma escultura de mármore que representa Prometheus a ser lentamente comido por bactérias.

O artista Thomas Feuerstein explicou o mito por detrás da obra.

"O castigo é: Todos os dias uma águia vinha e comia o fígado de Prometheus e o fígado era o símbolo do futuro. Queria que os cientistas da universidade de medicina da Áustria produzissem, criassem um novo fígado para o meu Prometheus e conseguiram. Fizeram uma escultura 3D criada a partir de células hepáticas humanas ", explicou o artista.

Os jovens aprisionados em fotografias

Karim Kal

O artista francês Karim Kal apresenta uma série de fotografias que tirou num Centro de inserção para jovens, nos arredores de Lyon. As imagens são nítidas e documentam pequenos detalhes da vida na prisão.

Karim Kal, o autor, explicou a parte técnica da exposição. 

"A idéia é adotar o ponto de vista do prisioneiro, ou das pessoas que ali estão. As fotografias foram tiradas à noite, com um flash poderoso e uma velocidade rápida do obturador que tornava o fundo quase preto."

As obras, de mais de 50 artistas de todo o mundo, vão estar em exibição até janeiro de 2020.

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