François Ozon apresenta a nova longa-metragem "Été 85"

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De  Pedro Sacadura
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Realizador regressou à cidade de Lyon para dar a conhecer a película e falou sobre a mesma em entrevista à Euronews

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Depois de encenar um caso verídico de pedofilia protagonizado por um padre católico em Lyon, no filme "Graças a Deus", François Ozon regressou à cidade francesa. Desta vez para apresentar "Été 85."

A acompanhá-lo esteve Thierry Frémaux, delegado-geral do Festival de Cinema de Cannes, que escolheu a película para a seleção oficial do evento, este ano cancelado.

Por causa da pandemia de Covid-19, este é o primeiro filme de Cannes a ser lançado no grande ecrã.

"Depois de todo este período de confinamento por causa da Covid-19, tinha vontade de regressar ao cinema. Estava cansado de ver um filme no pequeno ecrã, num computador, em plataformas. Por isso aguardava com expectativa o momento em que fosse possível voltar às salas de cinema. A partir do momento em que Thierry Frémaux nos disse que queria dar ao filme o selo de Cannes, perguntámo-nos: porque não lançá-lo a galope?", explicou, em entrevista à Euronews, o realizador François Ozon.

A película baseia-se no livro de culto "Dance on my Grave", do escritor britânico Aidan Chambers, que Ozon leu quando foi lançado na década de 80. Ao som dos "The Cure", conta a história de um romance de verão entre dois jovens.

"Quando voltei a ler o livro, o que me chamou à atenção foi o facto de ser uma história universal. É uma história de amor. São dois rapazes, mas podiam ser duas raparigas, um rapaz e uma rapariga, uma história heterossexual, mas essa não é a questão essencial. Foi bastante moderno para a época porque em 1985 era complicado assumir uma relação homossexual", acrescentou Ozon.

Como de costume, o realizador francês cruza géneros e alterna entre a luz e a escuridão.

"É um romance de iniciação, de aprendizagem e ao mesmo tempo é uma película que tem em conta os códigos dos filmes adolescentes dos EUA. O que gostei foi de ver a evolução dos personagens ao longo do filme: começamos com uma espécie de imagens de adolescência cliché para chegar a algo mais complexo, bastante profundo no final", esclareceu o realizador.

O filme é lançado a 14 de julho em França, dia de feriado nacional, como forma de comemoração do regresso ao cinema.

Em setembro, é apresentado na seleção oficial do Festival de Cinema de San Sebastián.

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