Florian Zeller e Thomas Vinterberg valem Óscares ao cinema europeu

Obras de Florian Zeller e Thomas Vinterberg distinguidas em Hollywood
Obras de Florian Zeller e Thomas Vinterberg distinguidas em Hollywood Direitos de autor AP Photo/Lewis Joly/Chris Pizzello
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De  Francisco Marques
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Realizador e coargumentista de "O Pai" e o diretor de "Mais Uma Rodada" distinguidos. Veja aqui gratuitamente o melhor documentário de curta metragem dos #Oscars

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Os cineastas europeus Florian Zeller e Thomas Vinterberg foram os grandes vencedores europeus na noite dos Óscares, em Los Angeles, Estados Unidos.

O francês foi distinguido pela adaptação do argumento de "O Pai" da própria peça de teatro para o grande ecrã e o dinamarquês somou mais um prémio para um filme em língua não inglesa, depois de já o ter conseguido também nos Bafta, os prémios britânicos, e nos César, os prémios franceses.

Thomas Vinterberg conta-nos que no íncio, o filme "Mais uma Rodada" começou por ser "uma celebração ao álcool", mas espera "que se tenha tornado mais do que isso".

"Até mesmo como o povo sueco sabe, 'espírito' significa mais do que álcool. Esperamos que este filme se torne numa história sobre viver, mais do que apenas sobre existir", desejou Vinterberg, nas declarações proferidas após a cerimónia da Academia de Hollywood.

No discurso de vitória, o cineasta dinamarquês tinha deixado sentidas palavras de homenagem à filha, Ida, que morreu num acidente de carro, aos 19 anos, quando o filme estava ainda nas primeiras rodagens.

"Mais uma Rodada" conta a história de um grupo de professores que entra numa experiência para tentar reanimar as respetivas vidas profissionais e alguns acabam por prejudicar de forma irrecuperável a vida pessoal e familiar.

Tornou-se num enorme sucesso de ambos os lados do Atlântico. Valeu a Vinterberg também a nomeação para o Óscar de melhor realizador, ganho no entanto, pela chinesa Chloé Zhao, com “Nomadland: Sobreviver na América”

"O Pai", de Florian Zeller, teve melhor reconhecimento nas nomeações. Figurou nas listas para Melhor Filme e Ator, mas apenas Sir Anthony Hopkins celebrou nessas duas categorias principais pela forma como encarnou um idoso a lidar com demência.

O francês não entrou na corrida dos realizadores, mas o Óscar de melhor argumento adaptado, pela transposição que conseguiu, em parceria com Christopher Hapmton, do palco da peça de teatro para o grande ecrã.

"Partilho esta alegria e este prémio com Christopher Hampton. Trabalhamos juntos há anos e quero agradecer-lhe por ser um grande escritor e um amigo formidável", afirmou Florian Zeller, após cerimónia.

Referência final nas distinções europeias dos Óscares 2021 para "Colete", o vencedor da estatueta para melhor Documentário de curta duração.

O filme de 25 minutos transporta-nos pela história de uma francesa, de 90 anos, sobrevivente da II Guerra Mundial, que regressa pela primeira vez ao campo concentração onde o irmão morreu há quase 80 anos.

"Colette" pode ser visto gratuitamente no leitor em cima ou diretamente no portal do jornal britânico The Guardian.

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