Morreu a atriz italiana Monica Vitti

Morreu a atriz italiana Monica Vitti
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De  Maria Barradas com AFP, EFE
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A atriz Monica Vitti morreu aos 90 anos. Com uma carreira cinematográfica de cinco décadas, foi a musa de Antonioni e a "rainha" do cinema italiano

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Morreu a atriz italiana Monica Vitti, rainha do cinema italiano, musa de realizadores como Antonioni ou Monicelli.

A atriz tinha 90 anos e faleceu em Roma. O óbito foi anunciado pelo político Walter Voltroni, que foi porta-voz de Roberto Russo, companheiro da atriz durante 40 anos.

O ministro italiano da cultura, Dario Franceschini afirmou: "Hoje é um dia realmente triste, desapareceu uma grande artista e uma grande italiana.

O primeiro-Ministro, Mario Draghi, saudou "uma atriz de grande ironia e talento extraordinário", que "conquistou ao longo de gerações os italianos com a sua sagacidade, talento e beleza", acrescentando: "Ela fez brilhar o cinema italiano em todo o mundo".

O antigo presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob, prestou-lhe uma sincera homenagem no Twitter: "Sublime, ela interpretou o vizinho do lado com a classe de uma deusa e a rainha com a simplicidade do vizinho do lado".

Vitti foi a musa na chamada "Trilogia da Incomunicação" de Antonioni com os filmes "L'Avventura" (1960) - com que se estreou em Cannes -, "La notte" (1961) e "L'eclisse" (1962) e também divertiu o público com filmes como La Femme Écarlate (1969), O Cinto de Castidade,  (1969), Pato Com Laranja, (1975) e  Com Elas Todo o Cuidado é Pouco, (1979). Em 1989, produziu, protagonizou e realizou Scandalo Segreto, que viria a ser o seu derradeiro título cinematográfico.

Nascida em Roma a 3 de Novembro de 1931, Maria Luisa Ceciarelli, de seu verdadeiro nome, formou-se na Academia Nacional de Arte Dramática em 1953 e foi um ponto de referência essencial para todas as atrizes que a sucederam e cobriu toda a gama de personagens femininas do cinema italiano, tais como a burguesa, neurótica e aflita pela incomunicabilidade dos filmes de Antonioni, mas também a "romana", apaixonada pela vida, com alegria contagiante nos filmes que a viram como um casal de cinema com Alberto Sordi.

Nos últimos anos, devido a uma doença degenerativa, guardou a sua privacidade, mas manteve uma forte ligação com o mundo do cinema, que celebrou o seu 90º aniversário em novembro passado com exposições fotográficas e críticas dos seus mais de cinquenta filmes.

Numa carreira extraordinária, Vitti ganhou todos os grandes prémios do cinema italiano, assim como um Leão de Ouro pela sua carreira no Festival de Veneza, um Urso de Prata no Festival de Berlim e uma Concha de Prata em San Sebastian.

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