Inspirado no Festival da Eurovisão, um restaurante em Turim propõe uma viagem gastronómica, uma playlist de sabores onde a cozinha de cada um dos países participantes concorre para conquistar o público.
Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência, mas, aqui, na final, todos ganham.
À Euronews, os chefes do Restaurante Europa revelam as receitas para o sucesso.
"Um pouco de fusão, um pouco de herança das avós ucranianas", conta a chef ucraniana Kseniia Amber, a preparar, "vareniki", uma iguaria tradicional na Ucrânia", .
Nicola Bonora, chef italiano, propõe "carne de porco de Caserta, um porco preto, marinado de uma forma asiática, portanto, num molho agridoce, alguns espargos verdes de Bassano, picados com cebolinho, e limão fermentado, para dar ao prato alguma acidez".
E nada como uma pitada de saudade para fazer com que tudo saiba melhor.
O chef português Pedro Almeida concorda. "Sempre, a saudade é uma coisa que nos faz mexer. E, Portugal é Portugal por causa disso, por isso estou muito orgulhoso de representar aqui Portugal".
A União de diferentes culturas é celebrada diariamente numa conversa que se quer além fronteiras e solidária.
Antes de chegar a Itália, Ksenia Amber vivia em Odessa, onde ainda tem a família.
Em Turim, está determinada em aproveitar todas as oportunidades de contribuir para iniciativas de apoio a quem foge da guerra. No Restaurante Europa encontrou uma forma criativa de concretizar a missão.
"Penso que vamos ganhar este dinheiro para ajudar alguns refugiados, e isso é um bom negócio, com certeza. É tudo o que posso fazer", diz.
Os fundos angariados pelo Restaurante Europa serão doados à Cozinha Central Mundial, um projeto do chef americano Josè Andrés, que visa fornecer alimentos em resposta a crises humanitárias e climáticas. Hoje, apoia famílias que fogem de países devastados pela guerra.