No festival de Veneza, 23 filmes competem pelo Leão de Ouro, o galardão máximo atribuído pelo júri.
O mais antigo festival de cinema do mundo está de regresso a Veneza até ao próximo dia 10 de setembro. Vinte e três filmes estão em competição para o Leão de Ouro, o galardão máximo concedido pelo júri.
Desta seleção, 13 são co-produções europeias, com Itália, França e Reino unido a liderar os países produtores, com destaque para filmes destinados a um mercado global, como “O Filho de Florian Zeller”, com Hugh Jackman e Laura Dern nos papéis principais.
Este filme fala da história de um pai que tenta devolver ao filho adolescente a vontade de viver, numa altura em que este enfrenta uma depressão.
Alberto Barbera, realizador e diretor do 79º Festival Internacional de Cinema de Veneza, garantiu que o evento conta com "grandes filmes, grandes nomes, mas ao mesmo tempo muitas descobertas e supresas".
Entretanto, entre os chamados filmes “independentes”, não pertencentes a grandes produtores, está Monica, de Andrea Pallaoro. O drama norte-americano/italiano fala sobre a vida de uma mulher transexual, interpretada por Trace Lysette, que regressa a casa para cuidar da mãe.
Para além dos filmes de produtores tradicionais, a Netflix tem vindo também a assumir um papel importante, que foi realçado por Alberto Barbera.
"A Netflix tornou-se num dos mais importantes atores neste campo, um dos mais importantes produtores de bons filmes, de filmes de autor. Estão a produzir filmes de Martin Scorsese, David Fincher, Noah Baumbach, Iñárritu, Cuarón, os cineastas mais quentes do momento", defendeu o diretor do festival.
A Netflix tem quatro filmes em competição este ano, incluindo Athena, o filme do realizador Romain Gavras, filho de Costa-Gavras, que começa a tornar-se conhecido no mundo do cinema. A sua terceira longa-metragem é uma tragédia moderna e imersiva numa cidade dos suburbios parisienses.